25 de novembro de 2024 Doar
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Presidente episcopado colombiano: Século XXI deve ser século da vida

O Arcebispo de Bogotá e Presidente da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), Cardeal Pedro Rubiano Sáenz, afirmou que “se o Século XX passou à história como o século da morte pelas duas guerras mundiais, o genocídio e extermínio de povos (...), o século XXI deveria ser, é uma justa aspiração, o século da vida”.

Em uma mensagem titulada “Eu vim para que vocês tenham vida e a tenham em abundância”, o Cardeal assinalou que a aspiração de fazer o século XXI o século da vida, é algo que “pensaram muitíssimos homens e mulheres. Assim o proclamou a Igreja, mestra e defensora da vida”.

“Uma vez mais queremos elevar nossa voz em defesa da vida. A Constituição Política da Colômbia estabelece no artigo 11: ‘O direito à vida é inviolável. Não haverá pena de morte’”, adicionou.

O Cardeal Rubiano expressou sua estranheza diante da “pretensão da Corte Constitucional, chamada a preservar a letra e o espírito de nossa Carta magna” ao declarar “a inexeqüibilidade do artigo 122 da lei 599 do ano 2000 que penaliza o aborto na Colômbia”.

O Cardeal questionou “por que teria que aceitar uma praxe anti-humana precisamente no momento em que a idéia dos direitos humanos parece ter obtido um reconhecimento universal e incondicional? e por que há também cristãos, inclusive pessoas de elevada condição moral, que pensam que a normativa sobre a vida humana deveria entrar no jogo dos necessários compromissos da vida política? E o que é mais grave ainda, porque uma legislação teria que converter um direito em injustiça e crime?” .

“O aborto não é, nem de longe, a solução a estes males –continuou– O Aborto não vai pôr término às relações sexuais indesejadas, nem à violência física, sicológica e sexual, nem ao contágio de infecções de transmissão sexual, nem à violação, o abuso e o perseguição sexual. Tampouco às altas percentagens de gravidez e maternidade em adolescentes”. Acrescentou que “de fato, as condutas delitivas se incrementam em uma sociedade que favorece a impunidade e a permissividade moral”.

Comentando o direito a livre opção da maternidade e da paternidade, o Cardeal manifestou que este “deve entender-se no sentido de que tanto o homem como a mulher são livres para engendrar um filho, mas não no sentido de que uma vez engendrado, possam decidir se permitirão ou não que nasça”.

O Presidente da CEC exortou aos homens e mulheres a valorar o dom da maternidade. É certo que ‘somos herdeiros de uma história com enormes condicionamentos que tem feito difícil o caminho da mulher, desprezada em sua dignidade, esquecida em suas prerrogativas, marginada freqüentemente e inclusive reduzida à escravidão’” .

“Compreendemos os grandes sacrifícios –prosseguiu– que muitas mulheres devem fazer para poder encher em seus lares o vazio de um homem irresponsável e sobreviver em condições de pobreza. Mas, aceitando que o movimento de emancipação da mulher, assim que tende a liberar a de tudo o que constitui uma injusta discriminação está perfeitamente baseado, não se pode trocar a natureza, nem subtrair à mulher, nem mesmo ao homem do que a natureza exige deles”.

a vivência de sua sexualidade sempre acarreta conseqüências

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