15 de novembro de 2024 Doar
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Defenderemos os que não têm voz, diz presidente eleito do Episcopado dos EUA

Cardeal Daniel DiNardo | Arquidiocese de Galveston Houston

O presidente eleito da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos e Arcebispo de Galveston-Houston, Cardeal Daniel DiNardo, assinalou que a Igreja Católica no país seguirá apoiando o imigrantes, os nascituros e as pessoas vulneráveis.

Em uma coletiva de imprensa em Baltimore, no estado de Maryland, onde os bispos estão reunidos em assembleia plenária, o Cardeal DiNardo manifestou que, frente à preocupação e à divisão que gerou a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais, especialmente em relação às minorias e aos imigrantes, a Igreja seguirá defendendo os vulneráveis e acolhendo os estrangeiros.

"Vamos sempre defender os que não têm voz... mas queremos fazer sempre com respeito", expressou.

O Purpurado indicou que se deve desenvolver a capacidade de "olhar o ser humano e sempre levantar a questão sobre como podemos respeitar mais a pessoa que está em nosso meio, sem importar se ele ou ela está documentado ou não".

O presidente eleito do Episcopado dos Estados Unidos disse que a preocupação com o ser humano se mostra em muitos aspectos, assinalando que "o início e o fim da vida são extremamente cruciais, mas que outros assuntos como a tortura, o cuidado com os refugiados e o tratamento dos civis nos tempos de guerra são importantes, são assuntos cruciais".

"Acredito que ambas as situações convidam a que haja uma esperança de que podem compartilhar perspectivas sobre o bem comum", assinalou o Arcebispo de Galveston-Houston.

O Purpurado manifestou que quer "que nosso trabalho como pastores e líderes uma os católicos para que reconheçam a beleza do ser humano, inclusive se um não está de acordo com o outro".

Sobre como seria o diálogo dos bispos com Trump em relação aos temas como a defesa da vida e a liberdade religiosa, o Cardeal DiNardo admitiu que não sabe com certeza quais serão as políticas do novo governo.

Ele acrescentou que "ainda não divulgaram nada" e espera que com o governo de Trump possam discutir assuntos como o mandato abortista de Obama, a liberdade religiosa de grupos como a congregação católica das Irmãzinhas dos Pobres e a extensão da Emenda Hyde, que proíbe usar fundos federais para financiar abortos.

Por sua vez, o vice-presidente eleito da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos e Arcebispo de Los Angeles, Dom José Gómez, também concordou que lutar pela dignidade humana deve ser uma das prioridades dos bispos do país.

Do mesmo modo, indicou que os latinos que participam nas igrejas e comunidades do país são "um aspecto importante para considerar".

O Prelado disse que no plano estratégico dos bispos de 2017 a 2020 também será uma prioridade a promoção de "uma cultura da vida" e que consideram importante educar os católicos para que "conheçam melhor sua fé, para que possam tomar decisões melhores na atuação na vida pública".

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