VATICANO, Dec 2, 2016 / 12:00 pm
O Papa Francisco aprovou os decretos que reconhecem o martírio de 21 fiéis assassinados durantes a Guerra Civil espanhola, um bispo lituânio vítima do ódio à fé em 1962 e um sacerdote norte-americano que morreu na Guatemala em 1981.
Os decretos foram autorizados pelo Santo Padre após a audiência de 1º de dezembro que teve com o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
Os espanhóis assassinados durante a Guerra Civil ocorrida entre 1936 e 1939 são o Servo de Deus Vicente Queralt Lloret, sacerdote professo da Congregação da Missão, outros 6 sacerdotes da mesma congregação, 5 padres diocesanos, 2 religiosas Filhas da Caridade e 7 leigos da Associação Filhos de Maria da Medalha Milagrosa.
Um dos decretos também reconhece o martírio do sacerdote diocesano Stanley Francesco Rother, o primeiro mártir católico nascido nos Estados Unidos. Morreu assassinado por ódio à fé em 28 de julho de 1981.
Desenvolveu sua missão na Guatemala, onde levou a Palavra de Deus aos índios Tzutuhiles, descendentes dos maias. Aprendeu a língua local e traduziu o Novo Testamento e o rito da Missa.
Padre Rother foi assassinado por esquadrões da morte da ditadura militar da Guatemala, depois de sofrer a morte de 20 de seus paroquianos.
O Papa também autorizou o decreto que reconhece o martírio do Servo de Deus Teófilo Matulionis, Arcebispo-Bispo de Kaišiadorys (Lituânia); nascido em 22 de junho de 1873 e assassinado por ódio à fé em 20 de agosto de 1962.
O Pontífice autorizou ainda a promulgação dos decretos que reconhecem:
- O milagre atribuído à intercessão do venerável Servo de Deus João Schiavo, Sacerdote professo da Congregação de São José; nascido em 8 de julho de 1903 e morto em 27 de janeiro de 1967. Com este milagre poderá proceder a beatificação do presbítero;
- As virtudes heroicas da Serva de Deus Luce Rodríguez-Casanova y García San Miguel, fundadora da Congregação das Mulheres Apostólicas do Sagrado Coração; nascida em 28 de agosto de 1873 e morta em 8 de janeiro de 1949;
- As virtudes heroicas do Servo de Deus José Bau Burguet, sacerdote diocesano de Valência, pároco em Masarrochos (Espanha), nascido em 20 de abril de 1867 e falecido em 22 de novembro de 1932;
- As virtudes heroicas do Servo de Deus Guilherme Massaja, da Ordem dos Frades Menores Capuchinos, Cardeal da Igreja; nascido em 8 de junho de 1809 e morto em 6 de agosto de 1889;
- As virtudes heroicas do Servo de Deus Nunzio Russo, sacerdote diocesano, Fundador da Congregação das Filhas da Cruz; nascido em Palermo (Itália) 30 de outubro de 1841 e morto em 22 de novembro de 1906;
- As virtudes heroicas do Servo de Deus Mario Ciceri, sacerdote diocesano; nascido em 8 de setembro de 1900 e morto em 4 de abril de 1945;
- As virtudes heroicas da Serva de Deus Maria Giuseppa Aubert, fundadora do Instituto das Filhas de Nossa Senhora da Compaixão; nascida na França em 19 de junho de 1835 e morta em 1° de outubro de 1926;
- As virtudes heroicas da Servo de Deus Catarina Aurelia do Preciosíssimo Sangue, fundadora da Congregação das Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue de Nossa Senhor Jesus Cristo da União de Saint-Hyacinthe; nascida em Quebec em 11 de julho de 1833 e morta em 6 de julho de 1905;
- As virtudes heroicas da Serva de Deus Leonia Maria Nasta?, Freira professa da Congregação das Pequenas Servas da Maria Imaculada; nascida em 8 de novembro de 1903 e morta em 10 de janeiro de 1940.
A aprovação das virtudes heroicas é talvez o passo mais complexo e demorado no processo de beatificação de um fiel católico, uma vez que o decreto reconhece que o Servo de Deus viveu em grau heroico a fé, a esperança e a caridade; para o qual se deve ter investigado em previamente e em detalhes sua vida e escritos.
Com a aprovação das virtudes heroicas, a causa fica à espera de um milagre para avançar para a beatificação.
No caso dos mártires, o processo é diferente. Não requer a aprovação de virtudes heroicas, mas que se prove que foram assassinados por ódio à fé.
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