12 de dezembro de 2024 Doar
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Opus Dei: O papel das mulheres na eleição do novo Prelado

Dom Javier Echevarría (esq.), São Josemaria Escrivá (centro) e Beato Álvaro del Portillo (dir.) | Flickr da Opus Dei

O Opus Dei começa no próximo sábado, 21, o processo de eleição e nomeação de seu novo Prelado. O diretor do escritório de informação do Opus Dei em Roma, Manuel Sánchez, assegura que, embora não saiba exatamente a data em que terão um novo Prelado, confia que "possa ser nomeado pelo Papa nos últimos dias de janeiro".

Os eleitores já começaram a chegar a Roma provenientes de seus respectivos países e, segundo afirma ao Grupo ACI Manuel Sánchez, "desporão de vários dias para falar da situação atual da Prelazia e dos demais desafios".

No total, são 194 eleitores: 100 leigos (38 mulheres e 62 homens) e 94 sacerdotes.

A primeira parte do processo eletivo acontece entre as mulheres do Opus Deis, representadas na Assessoria Central, composta pela secretária central, 7 diretoras centrais e 30 delegadas das circunscrições. Elegem os candidatos que consideram e os candidatos eleitos que considerem e o fazem em um envelope lacrado.

Embora a eleição de candidatos por parte das mulheres não seja vinculante em sentido estrito, tem "uma enorme força moral", indica Manuel Sánchez, diretor do escritório de informação do Opus Deu em Roma.

Esta força moral, explica, "marca inevitavelmente o sentido e a orientação da eleição. É lógico que se tenha em consideração a opinião de quem representa mais da metade dos fiéis da Prelazia".

A segunda parte do Congresso eletivo será na segunda-feira, 23 de janeiro. O conselho Geral o realiza. É composto pelo Vigário Auxiliar, Mons. Fernando Ocáriz, o Vigário Geral, Pe. Mariano Fazio, o Vigário Secretário Geral, Pe. José Javier Marcos, e mais 91 sacerdotes que cumprem os requisitos para ser eleitos, junto com diretores centrais e 55 delegados das circunscrições.

Uma vez eleito o novo Prelado, deverá ser confirmado e nomeado pelo Papa.

Sánchez indica que "a nomeação do Prelado não requer uma ordenação. Com essa nomeação do Papa, o sacerdote eleito se converte em Prelado, pastor desta Prelazia. Nos casos anteriores, o Beato Álvaro del Portillo e Dom Javier Echevarría foram ordenados bispos, mas em um momento posterior".

Por sua parte, Mons. Fernando Ocáriz, Vigário Geral do Opus Deis, que está à frente da Prelazia até que seja eleito o novo sucessor, declarou recentemente que todos "na Prelazia estamos percorrendo este período (da morte de Dom Javier Echevarría até a eleição do novo Prelado) em atitude de oração, recorrendo especialmente ao Espírito Santo".

"O Congresso eletivo começará precisamente com uma Missa votiva do Espírito Santo, para lhe pedir que guie todos os nossos passos. A fé nos dá a segurança de que o Senhor conduz sua Igreja e, portanto, também esta porção de seu povo".

Mons. Ocáriz também disse estar convencido de que os membros do Opus Dei vão se "unir de todo o coração ao Prelado que for eleito para lhe ajudar a guiar a Prelazia na sociedade atual".

O que for o terceiro sucessor de São Josemaria no cargo da Prelazia deve ser um sacerdote com pelo menos 40 anos, membro do congresso eletivo e que tenha no mínimo 10 anos na Obra e 5 como sacerdote.

Atualmente, segundo dados do Opus Deis, 94 sacerdotes de 45 países cumprem esses requisitos. Os candidatos devem se destacar na caridade, prudência, vida de oração, amor pela Igreja e seu Magistério e fidelidade ao Opus Dei, assim como ter uma profunda cultura, tanto em ciências eclesiásticas como civis, e ter adequados dotes de governo pastoral.

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