25 de novembro de 2024 Doar
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Nova enfermidade de transmissão sexual afeta a homossexuais e bissexuais

Segundo recentes investigações publicadas pelo Canadian Medical Association Journal, no país existem 22 casos reportados de uma nova variante da clamidia, o linfogranuloma venéreo (LGV). Todos os afetados por esta enfermidade de transmissão sexual (ETS) são homens homossexuais ou bissexuais que têm uma vida desordenada e promíscua.

O LGV está expandindo-se entre os homens que mantêm relações sexuais com desconhecidos nos banheiros públicos –a mais recente variação de encontros pactuados em salas de chat em Internet– e está seguindo um processo muito similar ao do AIDS quando apareceu nos banheiros de São Francisco.

A diferença do HIV –vírus causador do AIDS– o LGV é uma infecção bacterial que sim tem cura. O problema radica em que os primeiros sintomas, que consistem em pequenas lesões dolorosas nos órgãos genitais e nos gânglios, não são familiares para a grande maioria de médicos.

Além disso, a infecção com o LGV incrementa o risco de contagiar-se e contagiar o HIV e a hepatite, particularmente porque gera estas chagas purulentas, permitindo que qualquer vírus entre com facilidade na corrente sangüínea.

"Este é uma importante desafio para a saúde pública e a medicina”, indicou o Dr. Thomas Wong, diretor da divisão de infecções adquiridas na Agência de Saúde Pública do Canadá.

Segundo o médico, a aparição de uma nova ETS reflete o ressurgimento da conduta sexual arriscada que se origina embora o sexo seguro”, a popularidade das drogas nas festas que “desinhiben” às pessoas e o incremento do sexo anônimo.

"O LGV não é a única enfermidade de transmissão sexual que estamos investigando. O número de casos de sífilis, gonorréia e clamidia também vão em aumento”, afirmou o Dr. Wong.

O LGV é uma forma de clamidia, mas mais agressiva que esta. Se não ser tratado a tempo pode inchar os genitais e o reto destrutivamente, originar meningite, encefalite e até a morte.

Esta enfermidade é comum nos trópicos, incluindo a África, Ásia, América do Sul e o Caribe. Até recentemente, era quase desconhecida nos países desenvolvidos até sua aparição no ano 2003 entre turistas sexuais na Holanda. Logo se estendeu a Bélgica, França, Alemanha, Suécia, Grã-Bretanha e agora aos Estados Unidos e Canadá.

De acordo aos estudos, nenhum dos afetados viajou recentemente mas todos estão infectados com a mesma variante da enfermidade aparecida na Holanda.

Embora a enfermidade pode ser detectada, os estudos que confirmam sua presença são custosos pelo que em muitas ocasiões não é simples distingui-la de outras ETS.

Centro para o Controle e Prevenção de Enfermidades (CDC) dos Estados Unidos

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