22 de dezembro de 2024 Doar
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Se mexicanos construíssem muro de Trump seriam “traidores da pátria”, diz Arquidiocese

Mãos aparecem perto da fronteira dos Estados Unidos com o México. | George Martell / The Pilot Media Group.

O semanário 'Desde la Fe', da Arquidiocese Primaz do México, advertiu que aqueles empresários mexicanos que participarem na construção do muro na fronteira com os Estados Unidos "deveriam ser considerados como traidores da pátria".

Em seu editorial do dia 26 de março, intitulado "Traição à pátria", o semanário católico assinalou que "qualquer empresa com intenções de investimento no muro do fanático Trump seria imoral, mas sobretudo, seus acionistas e proprietários deveriam ser considerados como traidores da pátria".

Desde a campanha eleitoral na qual foi escolhido presidente dos Estados Unidos, Donald Trump ofereceu construir um "grande muro ao longo da fronteira sul" e assegurou que "o México pagará pelo muro".

Este muro, segundo Trump, ajudaria a combater a imigração ilegal do México aos Estados Unidos.

Em 2016, as autoridades americanas prenderam mais de 415 mil imigrantes ilegais na fronteira com o México. Cerca de 46,4% dos presos eram mexicanos.

'Desde la Fe' assinalou que "com o passar dos meses, as políticas migratórias de Donald Trump enfrentam a realidade. Foi fácil a demagogia na campanha, mas as ações, na prática, se tornam difíceis ante a notável oposição da sociedade civil, igrejas e ativistas, que enfrentam um governo errático cujas promessas não são de fácil consolidação".

"Trump designou um orçamento de dois bilhões de dólares para a construção do muro, o qual deve reunir características sólidas de infraestrutura e de suave estética para esconder, sob a pintura e as luzes, o ódio, a mutilação e a divisão", assinalou o semanário.

Para a publicação católica, "é lamentável que, deste lado da fronteira, há mexicanos prontos a colaborar com um projeto fanático que aniquila a boa relação no concerto das duas nações que compartilham uma fronteira comum".

"Não se trata de duas ou três, pois são mais de 500 empresas que buscam conseguir boas fatias econômicas. Para elas, o fim justifica os meios", criticou e, além disso, lamentou que as autoridades mexicanas "não demonstraram firmeza contra estes empresários".

Para a publicação da Arquidiocese Primaz do México, que assegura que a construção do muro é um "direito inalienável" dos Estados Unidos, "são estes mesmos míopes que não conseguem ver que o muro é uma grande ameaça que vulnera as relações e a paz social".

"Recordemos que, em nome da ideologia, nações e continentes inteiros foram divididos, conduzindo milhares de pessoas na incerteza. A única voz predominante foi a das armas, das balas, da repressão e do assassinato legal para qualquer pessoa que se atrevesse a cruzar uma fronteira em busca de liberdade".

'Desde la Fe' assegurou que as empresas mexicanas que se somarem ao projeto de Trump alimentarão "todas estas formas de discriminação que ao longo da história submeteram milhões de seres humanos. Praticamente, unir-se a um projeto que é uma grave afronta à dignidade, é atirar no próprio pé".

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