VATICANO, Mar 29, 2017 / 11:00 am
O Papa Francisco expressou sua tristeza pelos civis mortos em Mosul (Iraque), como consequência do forte bombardeio para derrotar o Estado Islâmico, e enviou uma mensagem de consolo aos que permanecem presos nos combates.
Depois da sua catequese na Audiência Geral na manhã de hoje, o Santo Padre afirmou que seu pensamento "é para os civis retidos nos bairros ocidentais de Mossul e os desalojados pela guerra, aos quais me sinto unido no sofrimento por meio da oração e da proximidade espiritual".
O Pontífice saudou a delegação de representantes iraquianos formada por enviados de diversos grupos religiosos que, acompanhados pelo Cardeal Tauran, Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, estiveram presentes na Praça de São Pedro no Vaticano.
"A riqueza da querida nação iraquiana reside precisamente neste mosaico que representa a unidade na diversidade, a força na união, a prosperidade na harmonia", afirmou Francisco valorizando a grande diversidade da sociedade iraquiana.
Neste sentido, encorajou os iraquianos a "continuar assim, convidando-os a rezar para que o Iraque encontre na reconciliação e na harmonia entre seus componentes étnicos e religiosos, a paz, a unidade e a prosperidade".
Francisco expressou sua "profunda dor pelas vítimas do sangrento conflito" e renovou a todos "o apelo a se comprometerem com toda a firmeza possível com a proteção dos civis: é uma obrigação imperativa e urgente".
O Papa fez estas declarações alguns dias depois que foi divulgado o grande número de mortes de civis na ofensiva da coalizão internacional, formada por tropas norte-americanas, europeias, soldados iraquianos e curdos, contra o Estado islâmico na cidade de Mosul.
Mosul foi ocupada por jihadistas em 2014. Desde então, começaram um processo de limpeza étnica e religiosa contra todos os grupos da população que não pertencem ao islamismo sunita salafista e contra aqueles que não estão a favor do seu fanatismo religioso.
Os combates ocorridos com grande intensidade desde o dia 17 de março para expulsar os terroristas do Estado Islâmico causaram a morte de 307 civis e outros 273 ficaram feridos, segundo informações do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
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