25 de novembro de 2024 Doar
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Justiça obriga município de São Paulo a distribuir "pílula do dia seguinte"

A Justiça Federal brasileira  determinou nesta segunda-feira que a Prefeitura de São José dos Campos,  em São Paulo, distribua abortiva  "pílula do dia seguinte" na rede municipal de saúde.

A distribuição do anticoncepcional de emergência fornecido desde o início do ano pelo Ministério da Saúde em todo o Brasil, foi  impedida desde o último dia 13 de maio por uma lei aprovada pela Câmara Municipal da cidade.

Os vereadores da cidade conseguiram aprovar a lei que impedia a distribuição, já que a "pílula do dia seguinte" pode ser abortiva.

O Ministério da Saúde considera o medicamento um contraceptivo de emergência e nega que ele provoque aborto. A pílula, tomada até 72 horas após a relação sexual,  inibe ou elimina uma possível gravidez.

O exemplo da  à pílula já atingiu outros municípios da região paulista do  Vale do Paraíba. Na semana passada, a Câmara de Jacareí também aprovou uma lei proibindo a distribuição do medicamento na cidade. A lei agora será apreciada pelo prefeito. Taubaté e Pindamonhangaba também têm projetos semelhantes que devem ser votados nas próximas semanas.

Apoio dos Bispos

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, Dom Rafael Llano Cifuentes, enviou uma carta aos vereadores da Câmara Municipal de São José dos Campos, no ultimo dia 6 de maio, na ocasião apoiando e felicitando a posição do organismo  com relação ao projeto de distribuição das “pílulas do dia seguinte”.

Na carta o Prelado  parabeniza aos vereadores do Município pela coragem e decisão que tomaram a favor da vida, impedindo a implantação do projeto de distribuição gratuita das pílulas abortivas. "Recebemos, de muitas partes do Brasil, manifestações favoráveis a esta posição tomada pelos digníssimos Vereadores desta Câmara, que pode representar um verdadeiro ponto de referência e modelo de atuação consciente para todo o Brasil".

Em nome da CNBB, Dom Rafael reiterou que a posição dos bispos não é exclusiva da Igreja Católica e que poderia ser defendida por pessoas de qualquer cultura ou confissão, portanto "não fere o caráter laico do Estado Brasileiro". E que a decisão nasce de uma "base racional, natural e científica que revela a existência da vida humana já no próprio embrião, formado a partir da concepção.  A “pílula do dia seguinte” é, segundo revela a ciência, uma pílula abortiva e a constituição, voltamos a repetir, defende a vida desde o primeiro instante da sua existência".

Dom Cifuentes termina a carta reforçando que a decisão da Câmara representa um "marco em prol da defesa da vida e dos valores da família" e "que Deus leve em consideração esse vosso gesto humanitário de reconhecimento do valor da vida humana e resguardo da família".

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