21 de novembro de 2024 Doar
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Sobreviveu a um aborto e hoje questiona: Quem defendeu os meus direitos

captura de vídeo

"Fala-se de direitos das mulheres, do direito de escolher sobre seu corpo. Mas, quem defendeu meus direitos? Quem me protegeu e impediu que me machucassem?", questionou a chilena Massiel Moreno, sobrevivente de um aborto.

A mãe biológica de Massiel tentou abortá-la e não conseguiu. Então, a pequena nasceu aos seis meses de gestação, pesava 1,7 Kg e media 36 centímetros. Sua mãe a abandonou no hospital.

Como consequência da tentativa de aborto, Massiel ficou três meses em uma incubadora e teve que superar muitos obstáculos, um dos quais é a paralisia que afeta a psicomotricidade fina e o movimento.

Em agosto de 2016, Massiel fez um discurso aos parlamentares que legislam sobre o aborto e expressou: "Deste ato de morte, saiu vida e essa vida se expandiu, floresceu e agora eu posso dar vida. Eu sou uma pessoa grata a Deus e à vida. Eu sou amada e posso amar. Não peço mais".

"Só que vocês, senhores legisladores, não aprovem uma lei que vai impedir que nasçam crianças que têm direito a nascer. Meu nome é Massiel Moreno e sou sobrevivente de um aborto", acrescentou.

A jovem mãe, casada e jornalista desde 2012, explicou que passou 18 anos em um centro de reabilitação chamado Teleton e precisou se submeter a muitas operações.

Se não tivessem tentado abortá-la, explicou, "talvez eu tivesse uma vida mais fácil, com menos dores, desfrutando de minha filha de outra maneira".

Mas, "me privaram de muitas coisas por causa do aborto. Sinto lástima por minha mãe biológica, imagino que ela deve sofrer pelo que aconteceu comigo. Gostaria de poder lhe dizer que não sofra, porque eu sou muito feliz".

Massiel explicou que quando era bebê, foi adotada por um casal que não podia ter filhos. Sua mãe adotiva ainda vive e a apoia na criação de sua filha de um ano e quatro meses.

"Minha mãe adotiva é extraordinária, minha família é meu maior tesouro e defendo a vida em toda circunstância", disse.

"Sou totalmente contra o aborto. O aborto é o sentimento mais egoísta que um ser humano pode ter. Eu nasci tal como sou por um aborto e, apesar disso, amo minha vida assim como é", refletiu.

Massiel Moreno também participou na Celebração Familiar Pela Vida, marcha que reuniu as igrejas cristãs e instituições pró-vida em 3 de setembro do ano passado e reuniu mais de 100 mil pessoas em Santiago, no Chile.

Atualmente, o projeto de lei do aborto no Chile está em seu segundo trâmite constitucional. No último dia 30 de março, foram apresentadas 120 novas indicações que estão sendo discutidas pela Comissão de Saúde do Senado.

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