SANTIAGO, Apr 26, 2017 / 19:00 pm
O especialista em comunicação eclesial, Yago de la Cierva, assegurou que hoje "a Igreja tem mais prestígio do que pensamos", apesar do cenário da mídia no qual às vezes é atacada e desacreditada.
O ex-coordenador do departamento de comunicação internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) realizada em Madri em 2011 afirmou que embora exista um desprestígio midiático, "a Igreja tem muito mais prestígio entre as pessoas".
Em certas ocasiões, existe entre os meios "interesses partidários ou querem desprestigiar a Igreja, porque não compartilham o pensamento cristão na defesa da vida, na inclusão social, nos direitos dos imigrantes", entre outras questões, assinalou.
De la Cierva, professor da IESE Business School na Espanha e da Pontifícia Universitá della Santa Croce em Roma, conversou com o Grupo ACI em sua visita ao Chile convidado pela organização Voces Católicas.
"A Igreja tem prestígio social, mais prestígio do que pensamos", insistiu De la Cierva. Isto pode ser visto em coisas tão simples no fato de que "os pobres continuam indo às igrejas para pedir emolas e não aos bancos que é onde está o dinheiro".
Além disso, "há muitos que procuram um sacerdote não necessariamente porque acreditam que o Evangelho seja correto, mas porque sabem que o sacerdote o escutará", comentou.
E em outros temas mais complexos, continuou o especialista, "nos conflitos internacionais, na Venezuela, em Cuba, na Coreia, quem pode mediar? A Igreja Católica".
Em seguida, De la Cierva sublinhou a "obra espetacular de assistência social" da Igreja no Oriente e destacou que "é a única instituição que educa as meninas nos países islâmicos".
"São religiosas católicas que as educam, embora proíbam, o ensinamento da religião católica e que não possam usar a cruz do lado de fora, mas dentro do hábito", assinalou.
Em outro aspecto, De la Cierva sustentou que "a Igreja só perde a credibilidade de verdade quando erra, por exemplo, na gestão dos abusos, na gestão econômica, na gestão de pessoas, nos maus tratos, em viver em uma bolha, são coisas que fazem perder a credibilidade".
Diante disso, assegurou que "toda recuperação da credibilidade passa por uma recuperação da verdadeira identidade cristã".
Ou seja, "viver uma vida sóbria, simples, dedicando tempo aos outros, prestar contas do dinheiro usado, atender rapidamente as vítimas independentemente de que sofra a nossa imagem, porque a vítima é muito mais importante do que a imagem".
"Quando isso acontece, recuperaremos a única credibilidade, que é a que realmente perdemos por culpa nossa", concluiu De la Cierva.
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