22 de dezembro de 2024 Doar
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Cristãos no Oriente Médio devem se envolver na paz, afirma Papa Francisco

Papa saúda os fiéis na Audiência Geral | Lucía Ballester (ACI Prensa)

Na Audiência Geral desta quarta-feira, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco exortou os cristãos do Egito e do Oriente Médio a se envolver na paz na região, porque "os cristãos, no Egito como em cada nação da terra, são chamados a ser fermentos de fraternidade".

"E isso é possível se vivem entre eles a comunhão de Cristo", afirmou o Santo Padre.

Em sua reflexão, Francisco fez um balanço da viagem apostólica que realizou ao Egito em 28 e 29 de abril. Lembrou que sua intenção era levar "um sinal de paz para o Egito e para toda aquela região, que infelizmente sofre com os conflitos e o terrorismo. De fato, o tema da viagem era 'O Papa da paz no Egito da paz'".

O Pontífice sublinhou como um dos pontos centrais da viagem a visita à Universidade de Al-Azhar, "a mais antiga universidade islâmica e máxima instituição acadêmica do Islã sunita". Explicou que essa visita teve um duplo horizonte: "o diálogo entre cristãos e muçulmanos e, ao mesmo tempo, a promoção da paz no mundo".

O Santo Padre explicou que, no contexto do encontro com o Grande Imã de Al-Azhar e sua intervenção na Conferência Internacional para a Paz, ofereceu uma reflexão "que valorizou a história do Egito como terra de civilidade e terra de alianças".

Para o Pontífice, o Egito, como sinônimo de antiga civilização, de tesouros artísticos e de conhecimento, "nos recorda que a paz se constrói mediante a educação, a formação da sabedoria, de um humanismo que compreende como parte integrante a dimensão religiosa, o relacionamento com Deus, como recordou o Grande Imã em seu discurso".

"A paz se constrói também partindo da aliança entre Deus e o homem, fundamento da aliança entre todos os homens, baseada no Decálogo escrito em tábuas de pedra no Sinai, mas muito mais profundamente no coração de cada homem de cada tempo e lugar, lei que se resume nos dois mandamentos do amor a Deus e ao próximo".

Por isso, advogou por "uma paz estável e duradoura, que se apoie não no direito da força, mas na força do direito", à qual o Egito pode contribuir graças ao seu peso histórico e religioso e ao seu papel na região.

Na catequese, o Bispo de Roma enfatizou o importante valor ecumênico da viagem. Nesse sentido, recordou o encontro e oração comum junto ao Papa Tawadros II. "Um forte sinal de comunhão, graças a Deus, pudemos dar junto com o meu caro irmão Papa Tawadros II, Patriarca dos Coptas Ortodoxos. Renovamos o empenho, também assinando uma Declaração Comum, de caminhar juntos e de nos esforçarmos para não repetir o batismo administrado nas duas Igrejas".

"Juntos rezamos pelos mártires dos recentes atentados que atingiram tragicamente aquela venerável Igreja; e o sangue deles fecundou este encontro ecumênico, do qual participou também o Patriarca de Constantinopla Bartolomeu: o patriarca ecumênico, meu caro irmão".

Em sua reflexão diante dos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, Francisco também relembrou os momentos vividos junto à pequena comunidade católica do Egito, à qual exortou a "reviver a experiência dos discípulos de Emaús: a encontrar sempre no Cristo, palavra e pão da vida, a alegria da fé, o ardor da esperança e a força de testemunhar no amor que 'encontramos o Senhor'".

Também lembrou o encontro com sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas, nos quais viu "a beleza da Igreja no Egito".

O Papa Francisco finalizou a catequese agradecendo a todos os que fizeram esta viagem possível, "especialmente a tantas pessoas que ofereceram as suas orações e seus sofrimentos".

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