Arcebispo de Valladolid apóia o “direito democrático” a manifestar-se no18-J

VALLADOLID, Jun 10, 2005 / 12:06 pm

Em uma carta dirigida aos sacerdotes de sua diocese, o Arcebispo do Valladolid, Dom Braulio Rodríguez Plaza, expressou seu apoio ao “direito democrático” de seus paroquianos a participar da manifestação a favor da vida, a família e o autêntico  matrimônio no próximo 18 de junho em Madri “em virtude de sua consciência cívica e religiosa”.

Na sua missiva, o Prelado assinalou que ele "apóia o direito democrático dos fiéis desta Igreja de Valladolid a manifestar-se, se assim o desejarem no próximo dia 18 em Madri; é, em realidade, manifestar-se em virtude de sua consciência cívica e religiosa e em defesa do verdadeiro matrimônio, a infância e a autêntica família".

"Vivemos momentos complexos e cheios de desafios e de possibilidades para a vida cristã; existem em nossa sociedade determinadas coisas que afetam profundamente ao bem da pessoa e da família, e que não têm nada que ver com o apoio ou não a estes ou aqueles partidos políticos, e sim afetam aos homens e mulheres cristãos, pois há valores que terá que defender não só por ser cristãos mas também por ser humanos. Um destes valores é o matrimônio, essa instituição anterior ao Estado e à mesma Igreja, embora nesta última esteja além disso benta por um sacramento de Cristo", expressou o Arcebispo.

Ao aludir o projeto legislativo que pretende dar status de matrimônio às uniões homossexuais e que se encontra no Senado para sua próxima discussão, Dom Rodríguez Plaza indicou que "é profundamente injusto e não faz bem às próprias pessoas homossexuais". Entretanto, precisou, sua oposição a esta lei não significa que atue contra os homossexuais, já que "não se trata de condenar a ninguém, mas sim de defender a verdade, que nos faz livres".

"É necessário, proclamar essa verdade sobre o matrimônio e a família, uma verdade de direito natural e verdadeira doutrina eclesiástica: o matrimônio não pode ser contraído mais que por pessoas de distinto sexo, uma mulher e um varão. É dever seu lembrar esta verdade aos fiéis laicos e que é um direito democrático defender o verdadeiro matrimônio por meios igualmente democráticos", acrescentou o Prelado.