25 de novembro de 2024 Doar
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Cardeal explica por que JMJ Panamá 2019 acontecerá em janeiro

Jovens panamenhos na JMJ Cracóvia 2016 | Flickr de Swiatowe Dni Miodziezy Krakow2016 (CC BY-NC-ND 2.0)

O Panamá começou a abordar os preparativos para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que acontecerá em 2019, afirmou o Cardeal José Luis Lacunza, Bispo de David, e explicou por que este evento eclesial mundial acontecerá em janeiro.

Em declarações ao Grupo ACI, o Purpurado precisou que as datas da JMJ – 22 a 27 de janeiro de 2019 – foram escolhidas, pois entre os meses de dezembro e maio não chove.

"Precisávamos de uma estação seca. Realizar esse evento no Panamá em julho seria um desastre devido à chuva. No Panamá, entre dezembro e maio não chove. As primeiras chuvas do ano são a partir de abril, e de abril a novembro ou dezembro, chove todos os dias, e chove muito forte", explicou o Cardeal.

Questionado sobre os jovens europeus que quiserem participar da JMJ e que estão se perguntando como poderão participar, pois estarão no meio do ano letivo, o Bispo de David indicou que "a mesma pergunta que os jovens da Europa fazem agora, os jovens da América fazem quando a Europa organiza esta jornada em julho, pois eles estão em pleno ano letivo".

"A razão destas datas é climatológica", explicou novamente. "Tinha que ser entre dezembro e maio para garantir que fosse durante a estação seca, caso contrário, não teríamos nenhuma garantia. E esse é o motivo, um motivo climático, somente por isso".

O Purpurado também se referiu à chegada da Cruz da JMJ e do ícone de Maria Salus Populi Romani no domingo, 21 de maio, ao Panamá, o que deu um primeiro impulso à organização.

"Os comitês organizadores já estão trabalhando", assegurou o Cardeal. "Estão se reunindo e pouco a pouco estão dando passos". Neste sentido, assinalou que neste momento estão trabalhando para definir os lugares onde serão realizadas as atividades principais.

Na conversa, o Cardeal também comentou sobre a situação atual da Igreja no Panamá. "Acho que está bem. Acho que a presença da Igreja no Panamá no âmbito social e político é bem recebida, acolhida e escutada".

"Sempre haverá críticos, houve e sempre haverá, não esperamos que todo o mundo concorde com o que nós pensamos, mas acreditamos que temos o direito de dizer as coisas que dizemos, e respeita-se. Repito, nem sempre é a única palavra, mas nos levam em consideração".

Como um exemplo deste respeito da sociedade panamenha à opinião dos bispos, indica que "acabamos de lançar um comunicado na semana passada, sobre o tema da ideologia de gênero e sobre o possível casamento homossexual ou, como chamam, as uniões igualitárias".

Atualmente, há "um movimento e houve uma proposta de inconstitucionalidade por alguns grupos. Já existem vários países que assumiram na América Latina. Nós lançamos um comunicado mostrando a posição da Igreja a respeito do tema. No Panamá estamos, como dizem, em um campo de batalha".

Os bispos panamenhos discutirão sobre estes e outros temas com o Papa Francisco e com a Cúria Romana na visita Ad Limina a ser realizada entre os dias 5 e 10 de junho.

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