22 de dezembro de 2024 Doar
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No mês do “orgulho gay”, Facebook censura especialista em ideologia de gênero

Agustín Laje. | Facebook.

A rede social Facebook bloqueou o acesso do politólogo argentino Agustín Laje, crítico da ideologia de gênero, por um período de 30 dias.

A sanção acontece em meio às celebrações do Facebook pelo "orgulho gay" e a implementação de um ícone e adesivos especiais com a distinta simbologia homossexual na popular rede social.

Em declarações ao Grupo ACI, Laje explicou que a censura aconteceu por ter postado em seu Facebook uma resposta a uma série de difamações como "homofóbico" e "misógino", publicadas no jornal argentino de esquerda Página 12.

Página 12 foi financiado com milhões de dólares durante o governo de Cristina Fernández de Kirchner.

O diretor de Página 12, Horacio Verbitsky, ex-membro do grupo guerrilheiro Montoneros e depois colaborador da ditadura argentina, difamou há alguns anos o Papa Francisco.

Em um artigo da Página 12 intitulado "O discurso do ódio", no dia 9 de dezembro de 2016, a jornalista Marta Platía chamou Agustín Laje de "misógino", "homofóbico" e "inquisidor". Tudo isso ocorreu depois que a Bolsa de Comércio Córdoba o reconheceu como o Jovem destacado do Ano.

Laje respondeu em sua conta no Facebook com um extenso texto, junto com uma foto do artigo da Página 12, recordando a relação de Verbitsky com os Montoneros, com a ditadura, e criticando as falácias.

Naquela época, o politólogo argentino assinalou que enquanto as feministas radicais "dizem que eu tenho um 'discurso de ódio', em suas mobilizações" evidenciam "com seus slogans típicos e pintados, onde está o ódio: 'morte ao macho', 'mate o teu namorado', 'facão ao machão', 'Jesus era gay', 'se a Virgem Maria vivesse seria lésbica', 'a única igreja que ilumina é a que queima', 'aborto ao macho', 'aborto à heterossexualidade' e muitas outras frases".

Este texto foi eliminado pelo Facebook logo depois. Laje publicou em seguida uma versão editada, retirando a menção a Verbitsky, que acabou sendo censurada ontem.

"Hoje, quando cheguei a Córdoba, a primeira coisa fiz foi ver o meu Facebook e me diz que a minha publicação viola as normas comunitárias", disse ao Grupo ACI na segunda-feira, 12 de junho.

As normas comunitárias do Facebook, recordou, exigem "não publicar pornografia, não publicar atos de violência, não incitar à violência, e esse tipo de coisas. Isto era uma réplica de uma nota da Página 12, na qual eu ia destacando cada uma das falácias lógicas, ou seja, na verdade não violava nenhuma norma comunitária".

"E como sanção me censuraram por 30 dias, ou seja, durante 30 dias não poderei usar a minha principal rede social para divulgar. Isto significa que não posso convidar ninguém para os eventos dos próximos 30 dias", lamentou.

A primeira vez que o Facebook o bloqueou, "eles me censuraram durante uma semana", recordou. Naquela ocasião, disse, "alegaram que esta publicação havia violado as normas comunitárias, porque me referia diretamente ao diretor da Página 12, o que é um absurdo, porque uma pessoa pode fazer esse tipo de críticas e porque, além disso, é um fato histórico que essa pessoa pertenceu a uma organização terrorista aqui na Argentina".

"Publiquei novamente o meu post, mas sem nenhuma referência a esta pessoa, ao diretor do jornal Página 12, para não ser censurado novamente, mas para que a resposta à nota do jornal ficasse publicada no meu Facebook", explicou.

Precisamente por esta nova publicação, indicou: "Eles me censuraram não por uma semana, mas censuraram o meu Facebook por um mês inteiro".

Laje, que voltava à Argentina após participar de um congresso da Opção V no Peru, foi vítima de vários ataques da mídia e denunciou várias vezes ter recebido ameaças de morte.

Em 7 de junho, em Mendoza, durante a apresentação do livro que escreveu com o também argentino Nicolás Márquez – "O Livro Negro da Nova Esquerda: Ideologia de gênero ou subversão cultural" –, um pequeno grupo de manifestantes feministas protagonizou uma ameaça de bomba que obrigou as autoridades a evacuar o Teatro da Companhia até que conseguiram descartar o perigo.

Apesar do bloqueio da sua conta pessoal, ainda podem entrar em contato com Agustín Laje através da sua página oficial do Facebook https://www.facebook.com/agustinlajearrigoni/ e criou uma nova conta pessoal: https://www.facebook .com / lajeagustin.

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