FATIMA, Jun 26, 2017 / 14:00 pm
No encerramento do Congresso Pensar Fátima, em Portugal, o Conselho Pontifício para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi, assinalou que "seria uma ilusão pensar que Fátima esgotou a sua vocação profética", pois a mensagem da Virgem aos pastorinhos tem "pertinência" ainda hoje.
Segundo informa o site do Santuário de Fátima, o Cardeal Ravasi proferiu no sábado, 24 de junho, a conferência intitulada "Fátima como Promessa", a qual encerrou o congresso mariano que aconteceu desde o dia 21 de junho, no Centro Pastoral de Paulo VI, no Santuário de Fátima.
O Purpurado ressaltou que, embora esteja ligada a determinado contexto histórico das aparições da Virgem Maria aos três pastorinhos em 1917, a mensagem de Fátima "nos dá uma chave de leitura para o nosso próprio modelo de sociedade e de cultura que assenta num outro modelo antropológico".
Assim, citou alguns "males que nos atingem e para as quais Deus chama a atenção através de Nossa Senhora", tais como "o secularismo – doença da nossa sociedade –, a apatia – mais grave que o agnosticismo –, a indiferença, a falta de valores e de referências, as guerras fragmentadas em todo o mundo".
"A mensagem de Fátima é uma mensagem publica que ultrapassa as fronteiras de Portugal, chegando a tratar as vicissitudes da sociedade planetária e, embora os profetas falem sempre em contextos precisos, neste caso, esta profecia vai além do presente, mantendo uma ligação com ele", afirmou.
O Purpurado analisou a mensagem de Fátima a partir de referências bíblicas e lembrou que a mensagem de Fátima "é uma proclamação evangélica de salvação", destacando a importância da oração, da conversão, da reparação e do esforço pela paz.
"Fátima continua a ser uma proclamação de fé em um mundo secularizado; um anúncio de paz em um planeta sempre atormentado pelas guerras; uma escola de pobreza e simplicidade em que a escolha do último é prioritária em uma sociedade materialista e também uma escola de valores perante uma sociedade apática", sublinhou.
Além disso, indicou que "em Fátima há um sol que convida à oração". "Aqui, revive-se o desenho de Deus que interpela a humanidade desde os seus primórdios: 'onde está Abel o teu irmão?', abrindo sempre a porta da salvação, pois o Senhor é mais forte que o mal e Nossa Senhora é a garantia materna da bondade de Deus, da esperança", declarou.
Nesse sentido, assinalou o presidente do Conselho Pontifício, "a mensagem de Fátima nos convida a uma fé incarnada que é histórica e tornar-se guia, uma luz para o passo dos crentes".
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