Roma, Jul 17, 2017 / 15:00 pm
No dia em que completou 75 anos de ordenação, faleceu Pe. Alessandro De Sanctis, o sacerdote de 98 anos e o mais idoso da Itália, cuja vida transcorreu durante 9 pontificados, onde conheceu 5 Papas, incluindo o Papa Francisco.
Pe. De Santics faleceu em 12 de julho, dia em que completou 75 anos de ordenação. Um dia antes, havia celebrado este aniversário junto com o Bispo de Anagni-Alatri, Dom Lorenzo Loppa, e cerca de dez sacerdotes em uma pequena cidade na província de Frosinone, a aproximadamente três mil metros de altura.
"Agradeço de coração a todos vocês, mas especialmente ao Senhor que me deu a possibilidade de servi-lo durante 75 anos", expressou.
Aqueles que o conheceram destacaram sempre a sua simplicidade, como o fato de que sempre se negou a ser chamado de "monsenhor".
Pe. De Sanctis nasceu em 1918 e foi ordenado em 12 de julho de 1942, em sua cidade natal de Vallepietra, na Diocese de Anagni. Entretanto, aos seis dias foi enviado para Filettino, "onde era pároco o meu tio, dom Filippo. Poucos meses depois, assumi o lugar dele. Desde então, nunca deixei esta cidade. E, se Deus quiser, eu quero morrer aqui, junto com meu povo".
Durante todos esses anos, a Igreja foi guiada pelos Papas Bento XV, Pio XI, Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e Francisco.
De todos esses, conheceu Pio XI aos 13 anos, quando estava no Seminário Menor, em seguida, conheceu o Beato Paulo VI, São João Paulo II com quem se encontrou várias vezes, também conheceu Bento XVI e Francisco.
Segundo informou o jornal italiano, Pe. De Sanctis indicou que uma vez afirmou: "Não sei se eu sou o padre mais idoso na Itália, mas sei que enquanto as forças me sustentarem, é isso que eu vou fazer".
Nesse sentido, nunca pensou em aposentar-se. "Eu poderia fazer aos 75 anos, mas nem sequer pensei nisso. Dom Loppa, que gosta muito de mim, sempre me diz para que eu faça o que eu puder. E eu faço", expressou.
Ao longo dos anos que serviu como sacerdote, o período mais difícil foi durante a Segunda Guerra Mundial, durante a ocupação nazista, quando arriscava sua vida escondendo os soldados aliados.
Sobre o Papa Francisco, Pe. De Sanctis afirmou que "é um bom Papa para o nosso tempo, com um grande carisma... Bergoglio não é um Papa revolucionário, é alguém que sabe ser o vigário de Cristo na terra, que conhece profundamente as misérias e as fraquezas humanas, mais do que qualquer outro".
Seu funeral foi realizado na igreja paroquial de Santa Maria Assunta, com a participação de centenas de fiéis.
Dom Loppa afirmou que, "da nossa parte, em vez de chorar, junto com as lágrimas devemos agradecer a Deus pelo dom deste sacerdote, pelo dom do seu serviço e do seu ministério".
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