CARACAS, Aug 2, 2017 / 17:00 pm
Dois sacerdotes mediaram ante as autoridades no fim de semana na localidade de Tovar, na Venezuela, para que manifestantes que foram feridos em meio aos fortes enfrentamentos recebessem atenção médica.
No domingo, 30 de julho, os sacerdotes José Torres e Omar Vergara, da paróquia Nossa Senhora de Fátima, pediram aos membros da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) e da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) que parassem com a repressão contra os manifestantes opositores ao governo e permitissem que os feridos fossem atendidos pelos voluntários da equipe de Primeiros Socorros da Universidade de Los Andes (ULA).
A equipe de Primeiros Socorros de ULA denunciou no Twitter diversas agressões das autoridades quando tentavam atender os feridos e, inclusive, que a PNB "apontou a arma" aos seus membros em Tovar e roubou tanto suas "identificações como insumos".
Policía nacional bolivariana encañonó al equipo de @Pauxilios_Tovar y les fueron robados tanto identificación como insumos.
- PrimerosAuxiliosULA (@Pauxilios_ULA) 30 de julho de 2017
Em um comunicado, a equipe de Primeiros Socorros da ULA assinalou que efetivos da PNB "chegaram ao ponto de ameaçá-los de morte e um de nossos voluntários foi vítima de maus-tratos físico".
Comunicado respecto a actos violentos cometidos el día de ayer contra nuestros voluntarios #30Julio #Merida #Tovar pic.twitter.com/y41e2cq2Zc
- PrimerosAuxiliosULA (@Pauxilios_ULA) 31 de julho de 2017
No mesmo setor, faleceu com três tiros José Fernando Sánchez, de 25 anos.
Em uma fotografia que viralizou nas redes sociais, é possível ver os sacerdotes Torres e Vergara se aproximar das autoridades com as mãos para cima.
Nos dias posteriores, ambos os presbíteros sofreram ameaças e intimidação por parte das autoridades.
Segundo o jornal venezuelano 'El Nacional', agentes da Polícia Nacional Bolivariana e da Guarda Nacional Bolivariana disseram aos sacerdotes que "mesmo que usem batinas vamos levá-los por sem-vergonhas".
Em declarações a uma rádio local, o Pe. Omar Vergara assinalou que "se nos acontece alguma coisa, queremos fazer responsáveis o prefeito de Tovar (Yván Puliti) e os que estão à frente desses corpos armados, que ontem e hoje, estiveram amedrontando nossa comunidade".
"Não temos medo", assegurou.
Confira também:
Jornal do Vaticano denuncia dia violento que ensanguentou a Venezuela https://t.co/XtjIoPq18Q
- ACI Digital (@acidigital) 1 de agosto de 2017
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