VATICANO, Sep 13, 2017 / 13:35 pm
O Pe. Tom Uzhunnalil, libertado na terça-feira, 12 de setembro, depois de ter sido sequestrado no Iêmen durante 18 meses pelos terroristas do Estado Islâmico, visitou o Vaticano, onde foi recebido pelo Papa Francisco.
"Rezei pelo senhor todos os dias, ofereci meus sofrimentos pela sua missão e pelo bem da Igreja", disse o sacerdote salesiano de origem indiana ao Santo Padre.
O Pontífice recebeu Pe. Tom na sua residência, Casa Santa Marta. Quando o encontrou, o missionário se ajoelhou diante do Papa, que rapidamente o ajudou a levantar-se. Francisco o abraçou e disse que continuará rezando por ele, como fez durante o seu cativeiro. Em seguida, o sacerdote salesiano beijou as suas mãos.
De acordo com o jornal do Vaticano L'Osservatore Romano, durante sua conversa com o Papa, Pe. Tom explicou que sua maior tristeza durante o cativeiro foi não poder celebrar a Eucaristia, "embora todos os dias repetisse dentro de mim, no meu coração, todas as palavras da celebração", indicou.
Além disso, afirmou diante do Papa que, agora que já está livre, continuará "rezando por todos os que estiveram espiritualmente ao meu lado". Em especial, indicou que lembra das quatro religiosas e dos doze idosos que cuidavam quando ocorreu o ataque dos terroristas.
Pe. Uzhunnalil foi sequestrado em 4 de março de 2016 depois que um grupo de jihadistas do Estado Islâmico invadiu um asilo de idosos e pessoas com deficiências que era administrado por religiosas das Missionárias da Caridade em Áden, no Iêmen.
Durante a invasão, os terroristas assassinaram quatro religiosas, doze idosos e sequestraram o sacerdote salesiano.
O estado de saúde de Pe. Tom é estável, apesar do longo tempo que permaneceu no cativeiro. Em uma carta divulgada pelo Reitor Mor dos salesianos, Pe. Angel Fernández Artime, assegura-se que a Congregação Salesiana "não pediu o pagamento de nenhum resgate e não sabe se foi realizado nenhum tipo de pagamento".
Além disso, o Reitor Mor expressou na carta a "nossa profunda gratidão à Sua Majestade, o Sultão de Omã e às autoridades competentes do Sultanato pelo trabalho humanitário que realizaram".
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