18 de dezembro de 2024 Doar
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Bispos brasileiros repudiam o escárnio público contra os símbolos sagrados

CNBB Regional Nordeste 1

Frente a recentes casos de exposições e diferentes manifestações artísticas que atacam símbolos sagrados, bispos brasileiros expressaram o seu repúdio e convocaram os cristãos a resistirem e protestarem contra tais atos.

Reunidos no Conselho Episcopal, os Bispos do Regional Nordeste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que corresponde ao estado do Ceará, divulgaram uma nota por meio da qual denunciaram que "Ataques violentos e explícitos à família e à religião cristã têm sido feitos através de espetáculos de péssima qualidade que visam à apologia de práticas de sexualidade pervertida e anormal"

Nesse sentido, manifestaram a "indignação e repúdio diante do escárnio público contra os nossos símbolos mais sagrados (Crucifixo, hóstia, imagem da Padroeira do Brasil) e contra valores fundamentais da vida humana" .

"A Igreja não prega nem defende discriminação ou preconceito de qualquer natureza. Mas, comprometida com a verdade, defende e promove os valores humanos e cristãos, cumprindo assim, as exigências do Evangelho de Cristo", assinalam.

Na nota, os Prelados fazem referências a recentes casos que geraram a reação dos católicos, como o caso da exposição Queermuseu, no Santander Cultura de Porto Alegre (RS), que apresentava blasfêmias contra símbolos religiosos, como hóstias nas quais escreveram nomes de órgãos sexuais, além de imagens indicando pornografia, pedofilia e zoofilia.

Citam ainda outro caso que aconteceu em Brasília, onde "o artista nu que rala a imagem de Nossa Senhora Aparecida durante 'perfomance'" e com o pó do gesso, cobre o seu corpo.

Os Bispos do Regional Nordeste 1 afirmam que seriam "ingênuos" ao pensa que tais episódios, "dada à sua natureza e à evidência dos seus objetivos, não são apenas verdadeiros crimes de vilipêndio, o que já seria muito grave, pois o próprio Código penal os tipifica assim (Artigo 208)".

"Trata-se – advertem – de um verdadeiro projeto estrutural, profundo e nefasto, de desmonte dos nossos mais preciosos valores humanos e cristãos, através da banalização do matrimônio, da ideologia de gênero, da legalização do aborto, da liberação das drogas, da relativização dos valores morais nascidos do Evangelho e ensinados pelo Magistério da Igreja".

Nesse sentido, denunciam e expressam repúdio pelo "'ataque explícito' aos valores humanos e cristãos da imensa maioria do povo brasileiro. Pois em nome de uma 'liberdade' de imprensa, cultural, intelectual, artística impõe o desejo de uma minoria a toda uma coletividade".

Também rechaçam "o incentivo, patrocínio, promoção e 'doutrinação' em massa, realizada diuturnamente em novelas, programas de 'entretenimento' e da imposição ilegal, por órgãos governamentais e organizações não-governamentais, muitas dessas de âmbito internacional".

Alertam também contra a "colonização ideológica", recordando as palavras ditas pelo Papa Francisco durante seu discurso aos bispos da Polônia em sua visita ao país em 2015,, quando advertiu que "na Europa, nos Estados Unidos, na América Latina, a África, em alguns países da Ásia, existem verdadeiras colonizações ideológicas".

Na ocasião, o Pontífice apontou que uma dessas colonizações "é a ideologia de gênero (gender). Hoje às crianças – às crianças! –, na escola, ensina-se isto: o sexo, cada um pode escolhê-lo. E porque ensinam isto? Porque os livros são os das pessoas e instituições que te dão dinheiro".

Diante disso, os prelados brasileiros convocaram "todos os cristãos e pessoas de boa vontade a resistirem e protestarem contra todas as formas de destruição dos valores cristãos e da família, fazendo chegar a expressão do seu repúdio e indignação aos patrocinadores de tais campanhas e aos meios de comunicação que as veiculam".

"Acreditamos numa sociedade justa e fraterna, possível apenas no compromisso com a vida, e vida em plenitude (Jo 10,10). Que Deus nos fortaleça nessa árdua tarefa e a Querida Mãe Aparecida continue a interceder por todos nós", concluem.

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