21 de novembro de 2024 Doar
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Este sacerdote é a esperança para um dos lugares mais devastados da Síria

Pe. Alberto Rojas em Aleppo | Ajuda à Igreja que Sofre (ACN)

As duras condições provocadas pela guerra na Síria não são um obstáculo para que o sacerdote argentino Alberto Rojas assista os cristãos de um dos bairros mais devastados e pobres da cidade de Aleppo.

Em declarações ao Grupo ACI, o sacerdote explicou que o Vigário Apostólico de Aleppo, Dom Georges Abou Khazen, lhe confiou a missão de assistir as famílias cristãs do bairro Al-Midan, um dos lugares mais pobres desta cidade síria.

"Como sacerdote, fico admirado pela fé simples dos habitantes de Al-Midan, que são os que eu conheço mais e vejo todos os dias", destacou o sacerdote que pertence ao Instituto do Verbo Encarnado (IVE) e vive há 10 anos no Oriente Médio, 3 anos dos quais em Aleppo.

Esses fiéis, continuou, "são pessoas que sofreram muito e ainda sofrem muitas adversidades de vários tipos, mas sempre tiveram uma resposta de fé para todos os problemas, a morte, a injustiça, a corrupção e a falta de água".

Al-Midan foi alvo dos ataques de terroristas e do exército sírio porque estava localizado entre as áreas que cada um controlava.

Entre 2012 e 2016, a Igreja de Nossa Senhora da Anunciação, onde Pe. Rojas é pároco, foi usada pelo exército sírio como abrigo, deste modo, teve que realizar as suas atividades na Igreja de Santo Antônio de Pádua e em outros lugares.

Devido aos contínuos bombardeios e combates, era perigoso que os cristãos saíssem sozinhos do bairro de Al-Midan. Então, Pe. Rojas pediu o apoio da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) e, no final de 2016, recebeu uma caminhonete para transportar os fiéis.

O sacerdote comentou ao Grupo ACI que cabem 11 pessoas no carro e, embora "não seja muito grande, nos ajuda. Às vezes, quando tenho dinheiro, alugo outros veículos".

O carro, que também é usado para ajudar a comunidade, permitirá que o sacerdote siga transportando os fiéis até dezembro, quando a restauração da sua paróquia terminar. Quando o templo estiver pronto, comenta o sacerdote, "esperamos multiplicar as atividades, porque atualmente não temos um lugar fixo, e isso se torna muito difícil".

Pe. Rojas recordou que quando começaram os confrontos em Aleppo em 2012, os cristãos de Al-Midan queriam abandonar a cidade, mas não tinham dinheiro para ir embora e a companhia da Igreja os consolava, pois viviam em uma "situação extremamente difícil".

"Ou seja, saiam das suas casas e não sabiam se iam voltar. Também aconteceu que algumas famílias estavam dormindo e um míssil caiu em cima delas".

O sacerdote disse ao Grupo ACI que a fé desses fiéis os sustentava. Os cristãos "não tinham outra resposta. Essa fé nunca foi traída".

Atualmente, depois que acabaram os confrontos em dezembro de 2016, "as pessoas estão mais tranquilas porque não há bombardeios, mas ainda há uma aflição porque têm muitas dificuldades para viver, pois não há trabalho".

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