17 de dezembro de 2024 Doar
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Esta é a santa padroeira dos migrantes que o Papa Francisco pede para não esquecer

Papa Francisco e Santa Francisca Cabrini. Fotos: Daniel Ibáñez | ACI Prensa – Domínio Público

Há 100 anos morreu Santa Francisca Cabrini, uma italiana que dedicou a sua vida a ajudar os pobres e os imigrantes e cuja festa se celebra em 22 de dezembro.

O Papa Francisco escreveu o prólogo de uma nova edição do livro "Entre o céu e a terra", sobre a vida desta santa, e a coloca como modelo de como enfrentar o fenômeno da migração.

"Sem parar nunca em um lugar, sem nunca voltar definitivamente para a Itália, mas sempre disposta a resolver problemas, a ajudar os mais necessitados e as pessoas mais solitárias", escreveu o Papa no prólogo.

Francisco destaca que ela fazia isso "com imensa caridade, transmitindo-lhes o amor de Deus, mas também com grande inteligência".

No livro, recorda como o Papa Leão XIII pediu a Santa Francisca para que renunciasse o seu "sonho missionário para ocupar-se dos emigrantes italianos na América".

"Francisca obedeceu e lhe foi aberto o horizonte do mundo inteiro: de centenas de milhares de seres humanos que procuravam trabalho e pão longe da sua própria terra, arriscando-se em longas viagens perigosas, em terras desconhecidas e hostis".

"Tinha entendido que não era um fenômeno temporário, mas do surgimento de uma nova época histórica na qual a facilidade de meios de transporte modernos, permitiam movimentos de muitas pessoas, remodelando assim alguns lugares do mundo", escreve o Santo Padre.

"A construção de obras de acolhida e de assistência grandes, bonitas e duradouras foi a sua resposta ao novo momento da história: as irmãs continuaram realizando a obra, inclusive quando mudou a procedência dos migrantes, também quando outros rostos, outras cores e outros povos a seguiram em seus institutos".

O Papa assinala que "tudo isso nos demostra por que uma mulher se tornou a padroeira dos migrantes, uma mulher que sabia como pôr em prática as qualidades femininas: consolo, acolhida aos necessitados" e "estar disponível para ajudar os fracos".

Por tudo isso, "hoje é muito atual e continua nos ensinando o caminho a percorrer para enfrentar o fenômeno atual das migrações, vivendo a caridade e a justiça".

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