22 de dezembro de 2024 Doar
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Bispos espanhóis: Lei LGBT é totalitária, doutrinante e tem fins inquisitórios

Imagem referencial | Pixabay (Domínio Público)

O porta-voz da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Pe. José María Gil Tamayo, apresentou as conclusões da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Espanhola realizada entre os dias 20 e 24 de novembro, onde falaram sobre a proposta de lei da ideologia de gênero, conhecida como lei LGBT que torna praticamente ilegal criticar a agenda de doutrinação ideológica e evidencia objetivos claramente inquisitórios. 

Segundo explicou o Pe. Gil Tamayo, durante as reuniões o Presidente da Subcomissão Episcopal para a Família e Defesa da Vida, Dom Mario Iceta Gavigogeascoa informou aos bispos sobre a Proposição de Lei contra a discriminação por orientação sexual, identidade ou expressão de gênero e características sexuais, a igualdade social de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, transgêneros e intersexuais, também conhecida como Lei LGTB.

O Pe. Gil Tamayo assinalou que os católicos "devemos respeitar todas as pessoas, independentemente das suas características" e sublinhou que não se trata de "estar contra as minorias porque a dignidade está por cima de tudo, mas o planejamento da proteção desta minoria não pode levar consigo a anulação dos direitos e liberdades dos outros".

Por isso, classificou este projeto de lei como "uma proposta fundamentalista", "com objetivos claramente inquisitórios" que "preocupa muito os bispos espanhóis", assim como outras confissões evangélicas.

Assegurou que este projeto de lei é "totalitário" e "doutrinante", porque pretende impor "um pensamento único em todas as áreas da vida pessoal e pública, excluindo toda interpretação" e "busca controlar desde a escola até a mídia, sem dar espaço a uma diversidade de pensamento, impondo-se de maneira obrigatória".

Segundo explicou o porta-voz da CEE, este projeto de lei "apresenta para a Igreja Católica e outras confissões religiosas graves dificuldades e é um ataque frontal aos direitos e liberdades fundamentais" e assegurou que "levaria de modo intrínseco ao impedimento da liberdade".

Por isso, explicou, a Federação de Comunidades Evangélicas na Espanha entregou em setembro deste ano um relatório e uma carta ao Presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, na qual manifestava seu desacordo com esta proposta de lei.

Nesse relatório da Federação das Comunidades Evangélicas, explicavam que esta proposta de lei "legisla muito mais do que o necessário para garantir a igualdade na sociedade" e sublinha que "está em clara oposição das normas legais pelas quais os pais são livres para educar os seus filhos".

Esta proposta de lei de igualdade também inclui o controle dos livros das bibliotecas e contempla a destruição daqueles livros que não atendem os critérios estabelecidos pela medida caso seja aprovada.

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