21 de novembro de 2024 Doar
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Ele vivia como uma "estrela de Rock", converteu-se graças à sua mãe e hoje é sacerdote

Pe. Anthony e sua mãe no dia de sua ordenação. | Diocese de Portland

Anthony Cipolle "viveu 3 anos como uma estrela de rock" e desperdiçou todo seu dinheiro, mas as constantes e insistentes orações de sua mãe conseguiram fazer com que ele voltasse à fé católica e fosse ordenado sacerdote.

O Pe. Cipolle tem 52 anos. Em uma entrevista ao jornal 'PressHerald', contou a história da sua vocação, que chegou ao seu ápice no dia da sua ordenação, em 18 de novembro, na Catedral da Imaculada Conceição em Portland, estado de Oregon, Estados Unidos.

Em diálogo com a mídia americana, Cipolle contou que cresceu no estado de Massachusetts e que, quando era criança, o seu pai costumava ler para ele e os seus irmãos, antes de dormir, as histórias da Bíblia. "Lembro que ele me ensinou a rezar a oração do Pai Nosso, a 'oração do Senhor'", disse.

A sua mãe, Louise, costumava levá-lo a Missa quase todos os dias, mas, eventualmente, afastou-se da fé. Decidiu deixar o ensino médio para trabalhar e sua namorada engravidou. Eles se casaram no civil e, depois do nascimento do seu filho Mark, se mudaram para Chicago.

Em Chicago, Anthony fundou um negócio de encanamento que teve muito sucesso. Entretanto, o seu casamento acabou e se divorciaram. Depois ele vendeu a sua empresa e viveu com as suas economias durante três anos "como uma estrela de rock". "Desperdicei todo o dinheiro", revelou.

Enquanto levava uma vida libertina, a sua mãe rezava e oferecia a Missa diariamente para que o seu filho mudasse.

Regresso à casa

Quando Anthony ficou sem dinheiro, começou a trabalhar vendendo carros e tornou-se amigo do Pe. John Kilmartin, um sacerdote católico que conheceu em uma oficina de automóveis.

Anthony contou à 'PressHerald' que deixou o seu trabalho para ser administrador da paróquia do Pe. Kilmartin. Indicou que se comovia ao ver o sacerdote "administrar os sacramentos aos doentes e aos moribundos. Eu vi a alegria nos batismos, nos casamentos".

"Um dia, estava passando por um momento difícil na minha vida e queria começar de novo. Eu queria o perdão de Deus. Mas quando pensava nisso, não conseguia recordar todos os meus pecados. Eu não era consciente do que era o perdão", afirmou.

Anthony também começou a rezar o Pai Nosso e destacou a frase "perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido".

"Tudo mudou na minha vida quando a paz veio até mim. O modo que eu falava, caminhava, o que dizia e as pessoas que encontrava", manifestou.

Em 2007, Anthony decidiu voltar à fé e começou a estudar o Catecismo e a Bíblia. Enquanto aprofundava na fé, começou a perguntar-se seriamente sobre o chamado ao sacerdócio.

A vocação

Após a morte do Pe. Kilmartin, Anthony Cipolle conseguiu uma bolsa para estudar filosofia na Universidade de Boston, onde se formou em 2012. Um sacerdote que era decano no centro de estudos, Pe. James Woods, o ajudou a comunicar-se com a diocese de Portland e entrou ao Seminário Nacional São João XXIII, em Massachusetts, onde se formam os seminaristas maiores de 30 anos.

Cipolle não tinha nenhum impedimento para ser ordenado sacerdote pois ele nunca se casou pela Igreja católica e seu filho Mark, atualmente com 33 anos, já não depende dele.

A respeito da sua vocação, Anthony Cipolle disse à Diocese de Portland que "durante esses nove anos, eu nunca duvidei que era o meu chamado. Sabia que estava fazendo a vontade de Deus. Que eu estava onde Deus queria que eu estivesse".

No dia da sua ordenação sacerdotal, presidida por Dom Robert Peter Deeley, Bispo de Portland, estiveram presentes a sua mãe Louise, 91 anos, e o seu filho Mark, que já tem dois filhos.

'PressHerald' indicou que Anthony foi nomeado vigário da paróquia de São Paulo Apóstolo e assumirá o cargo em 1º de dezembro deste ano.

O novo sacerdote expressou que está ansioso para administrar o sacramento da reconciliação. "Você nunca pode dar algo que você não tem e eu recebi muita misericórdia. A misericórdia é o amor que ultrapassa a justiça", acrescentou.

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