WASHINGTON DC, Dec 1, 2017 / 16:00 pm
O Arcebispo Caldeu de Erbil (Iraque), Dom Bashar Warda, celebrou uma Missa em memória das vítimas do Estado islâmico (ISIS), nos Estados Unidos, e agradeceu a solidariedade que várias organizações e entidades católicas do Ocidente tiveram com os cristãos perseguidos pelo grupo terrorista.
A Eucaristia foi celebrada no Santuário Nacional São João Paulo II, em Washington DC, organizada pela Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) com o apoio dos Cavaleiros de Colombo, da Catholic Relief Services, da Catholic Near East Welfare Association (CNEWA) e da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN).
"Há uma benção em ser perseguido por causa da fé?", perguntou Dom Warda em sua homilia.
"Na graça de ser perseguido: Deus mostra o seu amor e a sua preocupação através da solidariedade demonstrada pelas pessoas de fora. E o sofrimento também dá a oportunidade para que as pessoas de boa vontade possam demostrar o seu amor", afirmou.
Em relação à solidariedade do Ocidente aos cristãos perseguidos, o Prelado também destacou que "quando damos com amor e recebemos com amor, aprendemos a ser filhos de Deus, que dá com amor e se alegra com as nossas orações".
Dom Warda concelebrou a Missa com o Pe. Salar Kajo, sacerdote da aldeia iraquiana de Teleskuf, na Planície de Nínive, que permaneceu sob o controle do ISIS. Na Eucaristia também houve orações e cantos em aramaico, língua falada por Jesus.
Do mesmo modo, agradeceu a promessa do Vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que enviou mais ajuda ao Iraque e agradeceu os Cavaleiros de Colombo, que doaram cerca de 17 milhões de dólares para ajudar as minorias perseguidas no Oriente Médio.
O evento foi realizado durante a semana de conscientização pelos cristãos perseguidos, que acontece nos Estados Unidos de 26 de novembro a 3 de dezembro, cujo lema é "Solidariedade no sofrimento".
Em meados de 2014, os terroristas do ISIS invadiram a Planície de Nínive e a cidade de Mossul. Os cristãos que se resistiram converter-se ao Islã eram forçados a abandonar os seus lares sob pena de morte ou a pagar um imposto de submissão.
Muitos cristãos de Mosul denunciaram que foram traídos pelos seus vizinhos e amigos muçulmanos. Os jihadistas também assassinaram e sequestraram cristãos em diversos lugares da Síria entre 2014 e 2016.
As aldeias cristãs da Planície de Nínive foram libertadas pelo exército iraquiano e pelas milícias curdas em outubro de 2016, enquanto a cidade de Mosul foi recuperada do controle dos jihadistas em julho deste ano.
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