Vaticano, Dec 11, 2017 / 10:20 am
Através da Sala de imprensa, a Santa Sé comunicou que "acompanha com atenção os desenvolvimentos da situação no Oriente Médio, com referência especial a Jerusalém, cidade sagrada para cristãos, judeus e muçulmanos do mundo inteiro".
O Vaticano expressa sua "tristeza pelos confrontos que nos últimos dias causaram vítimas", e manifesta que "o Santo Padre renova o seu apelo à sabedoria e prudência de todos e eleva orações fervorosas a fim de que os responsáveis das Nações, neste momento de particular gravidade, evitem uma nova espiral de violência, respondendo, com palavras e ações, aos anseios de paz, justiça e segurança das populações daquela terra martirizada".
No comunicado, a Santa Sé também assinala que as "preocupações pelas perspectivas de paz na região são objeto, nesses dias, de várias iniciativas, dentre as quais as reuniões convocadas com urgência pela Liga Árabe e pela Organização para a Cooperação Islâmica".
"A Santa Sé – continua o comunicado - é sensível a tais preocupações e recorda as palavras do Papa Francisco, reitera a sua posição bem conhecida em relação ao caráter singular da Cidade Santa e do respeito pelo status quo, segundo as deliberações da comunidade internacional e os pedidos contínuos das Hierarquias das Igrejas e comunidades cristãs da Terra Santa".
Além disso, "reitera a sua convicção de que somente uma solução negociada entre israelenses e palestinos pode levar a uma paz estável e duradoura e garantir a coexistência pacífica de dois Estados dentro dos confins internacionalmente reconhecidos".
Na quarta-feira, 6 de dezembro, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou sua decisão de transladar a embaixada do seu país de Tel Aviv a Jerusalém. Isso implica o reconhecimento americano da Cidade Santa como capital de Israel, o qual provoca grandes confrontos entre palestinos e israelenses e causou algumas mortes.
Especialmente, alguns grupos palestinos pediram uma nova intifada, ou seja, uma nova rebelião ou confronto contra Israel.
Numerosos países do mundo criticaram a decisão de Trump, que causou uma grande crise no Oriente Médio.
O estatuto de Jerusalém é um tema fundamental no conflito entre Israel e Palestina, e ambos os lados reivindicam a cidade como sua capital. Durante anos, os presidentes americanos deixaram a sede diplomática em Tel Aviv, como a maioria das nações do mundo, e não quiseram translada-la a Jerusalém.
A palestina e grande parte do mundo árabe e muçulmano não aceita que seja capital israelense porque, além do tema territorial que está sendo disputado, em Jerusalém também está o terceiro lugar mais sagrado do Islã, a Mesquita Al Aqsa.
Na Audiência Geral em 6 de dezembro, o Papa Francisco já fez um forte apelo à paz e busca uma solução para a nova crise aberta pelo presidente dos Estados Unidos.
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