27 de dezembro de 2024 Doar
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A confissão nos purifica da lepra do pecado, afirma o Papa

Papa Francisco durante a oração do Ângelus. | Vatican Media

Durante a oração do Ângelus na manhã de hoje na Praça de São Pedro, o Papa Francisco se referiu ao Dia Mundial dos Enfermos que se celebra hoje e assinalou que nenhuma doença pode impedir o relacionamento com Deus, somente o pecado que é uma doença do coração, uma lepra que pode ser purificada com o sacramento da Reconciliação.

"Nestes domingos, o Evangelho, segundo a narração de Marcos, nos apresenta Jesus que cura os doentes de todos os tipos. Neste contexto, se insere bem o Dia Mundial dos Enfermos que se celebra precisamente hoje, 11 de fevereiro, memória de Nossa Senhora de Lourdes", assinalou o Santo Padre.

Nesse sentido, o Papa explicou que "nenhuma doença é causa de impureza: a doença certamente envolve toda a pessoa, mas de modo algum afeta ou impede seu relacionamento com Deus. Pelo contrário, uma pessoa doente pode estar ainda mais unida a Deus".

Pelo contrário, "o pecado, esse sim nos torna impuros. O egoísmo, o orgulho, o entrar no mundo da corrupção, essas são doenças do coração das quais é preciso ser purificados, dirigindo-se a Jesus como o leproso: 'Se queres, tens o poder de purificar-me'".

O Santo Padre convidou a ir ao sacramento da confissão para purificar a alma: "Toda vez que nos aproximamos do sacramento da Reconciliação com o coração arrependido, o Senhor – explicou Francisco - repete também a nós: 'Eu quero, fica purificado!'".

Assim, destacou, "a lepra do pecado desaparece, voltamos a viver com alegria o nosso relacionamento filial com Deus e somos readmitidos plenamente na comunidade".

Em seguida, Francisco destacou que hoje, dia da Virgem de Lourdes e "com o olhar do coração dirigido à gruta de Massabielle, contemplamos Jesus como o verdadeiro médico dos corpos e das almas, que Deus Pai enviou ao mundo para curar a humanidade, marcada pelo pecado e suas consequências".

O Papa explicou que "a página do Evangelho de hoje apresenta a cura de um homem que sofre de lepra, uma patologia que no Antigo Testamento foi considerada uma impureza séria e que envolveu a marginalização do leproso da comunidade. A sua condição era realmente dolorosa, porque a mentalidade do tempo o fazia sentir impuro diante de Deus e dos homens".

O Santo Padre assinalou que "ao ouvir isso, Jesus sente compaixão, muito importante para fixar a atenção sobre essa ressonância interna de Jesus, como fizemos longamente durante o Jubileu da Misericórdia. Não se entende a obra de Cristo, não se entende o próprio Cristo, se não entrarmos no seu coração cheio de compaixão".

"É isso que o leva a estender a mão ao homem que sofre de lepra, tocá-lo e dizer-lhe: 'Eu quero, fica purificado'. O fato mais perturbador é que Jesus toca o leproso, porque isso era absolutamente proibido pela lei mosaica. Tocar um leproso significava ser também contagiado também dentro, no espírito, isto é, tornar-se impuros".

"Mas, neste caso, o influxo não vai do leproso a Jesus para transmitir o contágio, mas de Jesus ao leproso para dar-lhe a purificação. Nesta cura, admiramos, além da compaixão, também a audácia de Jesus, que não se preocupa nem com o contágio, nem com as prescrições, mas é movido somente pela vontade de libertar aquele homem da maldição que o oprime".

Ao concluir, Francisco invocou a intercessão da Virgem Maria, Nossa Mãe Imaculada: "peçamos ao Senhor, quem trouxe aos enfermos a saúde doente, que cure também as nossas feridas internas com a sua infinita misericórdia, para assim nos dar novamente a esperança e a paz do coração".

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