23 de novembro de 2024 Doar
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Colômbia: Prefeito proíbe vigília de oração pelo fim do aborto

Imagem referencial | Pixabay / Domínio Público

Juan Pablo Gallo, prefeito de Pereira (Colômbia), proibiu a vigília da oração e de jejum '40 Dias pela Vida' na cidade, argumentando que esta campanha viola "os direitos fundamentais" das mulheres grávidas.

Segundo a plataforma CitizenGO, Gallo, do Partido Liberal, enviou uma carta aos organizadores de '40 Dias pela Vida', explicando que a sua proibição é devido a que "violam os direitos fundamentais das mães grávidas impondo seus pontos de vista sobre o aborto".

Pereira é a capital da região de Risaralda e está localizada a aproximadamente 350 quilômetros ao oeste de Bogotá.

CitizenGo lançou uma campanha que reuniu mais de 7 mil assinaturas em apenas dois dias, a fim de denunciar que "proibir uma manifestação por razões ideológicas é simplesmente totalitário".

A campanha '40 Dias pela Vida' começou nos Estados Unidos em 2004 e, desde então, espalhou-se pela América Latina. Neste ano, de 14 de fevereiro a 25 de março, coincidindo com a Quaresma, será realizada a sexta edição desta campanha na Colômbia.

Durante a campanha, grupos de voluntários se organizam para rezar em frente às clínicas de aborto e acompanham, aconselham e ajudam as mulheres que chegam com a intenção de abortar.

Entretanto, esta não é a primeira vez que o prefeito de Pereira cria obstáculos para a realização da vigília de oração.

"No ano passado, em março de 2017, fizemos a campanha. Foi a primeira campanha em Pereira e a realizamos em frente a um lugar onde praticam abortos, chamado 'Oriéntame'", disse ao Grupo ACI Germán Díaz, responsável por '40 Dias pela Vida' em Pereira.

"No 35º dia de oração, o prefeito realizou uma operação de despejo, alegando que estávamos invadindo o espaço público", denunciou.

Felizmente, recordou Díaz, conseguiram terminar os 5 dias que faltavam para a campanha, graças aos vizinhos que "nos emprestaram o quintal das suas casas".

Na segunda campanha em Pereira, em setembro do ano passado, "fizemos um pedido de autorização para usar o espaço público, (mas) nos foi negado sistematicamente".

Este ano realizaram novamente os trâmites na prefeitura, mas a permissão "novamente foi negada e argumentaram que nós não podemos usar o espaço público para tais campanhas".

Entretanto, a campanha de CitizenGO com milhares de assinaturas teve um impacto e Juan Pablo Gallo chamou o responsável de' 40 Dias pela Vida' para ver "como poderíamos chegar a um acordo".

A reunião foi realizada no dia 13 de fevereiro às 16h (horário local).

Por sua parte, Jesus Magaña, diretor da plataforma Unidos pela Vida, que organiza todos os anos a multitudinária Marcha pela Vida na Colômbia, disse ao Grupo ACI que "o prefeito que pertence ao Partido Liberal e o seus funcionários do governo são pró-abortistas".

Magaña criticou o prefeito de Pereira "buscou através dos decretos municipais impedir o direito humano fundamental e também constitucional de liberdade de manifestar-se e expressar-se com o argumento de que não se pode violar o direito ao aborto para mulheres grávidas. E esse tal direito não existe".

"Ele é um conchavo ideológico político e talvez comercial da administração pública de Pereira com os promotores do aborto, especialmente das empresas 'Oriéntame' e 'Profamilia' associadas à Planned Parenthood".

A Planned Parenthood é a maior multinacional abortista do mundo, acusada nos Estados Unidos de traficar órgãos e tecidos de bebês abortados em suas instalações.

Magaña sublinhou que "já está sendo realizado um grande protesto cidadão através da plataforma CitizenGO" e estão realizando "ações legais dos líderes pró-vida da Colômbia".

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