17 de dezembro de 2024 Doar
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Sacerdote lamenta que os cristãos ainda são perseguidos no Iraque

Pe. Behnam Benoka | Ajuda à Igreja que Sofre (ACN)

Um sacerdote iraquiano da Diocese de Mossul afirmou que neste país do Oriente Médio a perseguição aos cristãos ainda continua e que "há uma falta de direito à vida".

Em uma entrevista concedida a Vatican News, Pe. Behnam Benoka indicou que "hoje os cristãos vivem como se estivessem entre leões, sobretudo nos lugares mais complicados do mundo, como o Iraque e o Oriente Médio, onde ainda são perseguidos".

Destacou que, especialmente no Iraque, "há uma falta de direito à vida" e lamentou que "muitos não querem ver os cristãos vivos" e que "vários partidos políticos querem apagar" a presença dos fiéis no país.

"Esta situação é preocupante. Acabamos de sair de uma grande perseguição e parece que a história está se repetindo. Esperamos que isso não aconteça", comentou Pe. Behnam Benoka e expressou o seu desejo de que todos ajudem a acabar com o radicalismo islâmico "que atenta contra a humanidade".

Em meio a esta situação, "pedimos a bênção do Santo Padre e a ajuda de todos os nossos irmãos cristãos. Entretanto, também devemos dar as mãos em primeiro lugar para nos ajudar a defender os nossos direitos e continuar vivendo como cristãos em nosso país, não só como cidadãos".

Nesse sentido, Pe. Benoka sublinhou que o trabalho da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) no Iraque "ajudou a todos, não só católicos, mas também ortodoxos e não cristãos".

Além disso, recordou que o gesto de iluminar o Coliseu romano de vermelho em homenagem aos milhares de cristãos perseguidos no mundo por sua fé em 24 de fevereiro, em um evento organizado pela ACN, recordou o martírio dos fiéis, como o "Patriarca Santo Inácio" que foi devorado pelos leões nos primeiros séculos.

Por outro lado, Pe. Benoka lamentou que na Planície de Nínive ainda haja "uma falta de serviços e infraestruturas, principalmente de água, das ruas e das escolas" e que "jovens e adultos especialmente sofrem pela falta de trabalho".

O sacerdote acrescentou que "os cristãos de Mossul ainda não se atrevem a voltar, porque a cidade está quase completamente destruída".

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