6 de dezembro de 2024 Doar
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Morre Cardeal que admitiu haver cometido condutas sexuais inapropriadas

Cardeal Keith O'Brien. | Mazur / catholicchurch.org.uk.

O Cardeal Keith Patrick O'Brien, que renunciou o cargo de Arcebispo de Edimburgo (Escócia) em 2013, depois de admitir que cometeu diversas condutas sexuais inapropriadas em seu ministério, faleceu hoje, aos 80 anos.

Segundo informações de uma comunicado de imprensa da Arquidiocese de Edimburgo, o Purpurado morreu no Royal Victoria Hospital acompanhado pela sua família e pelos seus amigos.

O atual Arcebispo de Edimburgo, Dom Leo William Cushley, ofereceu as suas orações pelo falecido Cardeal, pela sua família e por todos os afetados pelo escândalo.

"Durante a sua vida, o Cardeal O'Brien pode haver dividido a opinião, mas na morte acredito que podemos nos unir para rezar pela sua alma e pelo consolo da sua família, assim como pelo apoio aos que se sentiram ofendidos ou decepcionados com Ele. Que descanse em paz", afirma o Arcebispo.

O Cardeal O'Brien nasceu em Ballycastle, condado de Antrim, na Irlanda do Norte, em 17 de março de 1938. Foi ordenado sacerdote em 3 de abril de 1965; e nomeado Arcebispo de St. Andrews e Edimburgo 20 anos depois, em 30 de maio de 1985.

Durante 10 anos foi Presidente da Conferência Episcopal da Escócia. Ele foi criado Cardeal em 21 de outubro de 2003.

O Purpurado renunciou ao cargo de Arcebispo do St. Andrews e Edimburgo em março de 2013, aos 74 anos, depois das acusações de haver cometido condutas sexuais inapropriadas com outros homens na década de 80.

O Papa Bento XVI aceitou a sua renúncia que entrou em vigor em 25 de fevereiro de 2013.

Logo O´Brien, que anunciou que não participaria do conclave em março de 2013 no qual o Papa Francisco foi eleito, admitiu que "houve ocasiões nas que minha conduta sexual esteve abaixo do que se espera de mim como sacerdote, arcebispo e cardeal".

No mesmo mês, em declarações à BBC, o Cardeal disse que seria "muito feliz" se os sacerdotes tivessem "a oportunidade de escolher se querem ou não se casar".

Em maio de 2013, depois do diálogo com o Papa Francisco, o Purpurado deixou a Escócia para dedicar-se a um tempo de oração, penitência e reflexão. Em março de 2013, o Santo Padre aceitou a sua renúncia aos direitos e privilégios que lhe correspondiam como Cardeal.

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