18 de dezembro de 2024 Doar
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Religiosa portuguesa pede ajuda para refugiados na Síria

A religiosa portuguesa, Irmã Myri | Fundação ACN

A região de Qara, na Síria, já acolhe "cerca de 25 mil" refugiados oriundos de Damasco e está enfrentando uma situação de grandes necessidades, por isso, o Convento de São Tiago Mutilado, no qual vive a portuguesa Irmã Myri, solicitou ajuda para atender essa população.

De acordo com mensagem enviada à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) pelas religiosas da Congregação das Monjas da Unidade de Antioquia, "o desafio humanitário enorme" vivido na Síria leva a uma situação extremamente complexa e urgente.

Para prestar atender as "dezenas de milhares de refugiados" que fogem do bairro de Ghouta, em Damasco, as religiosas solicitam ajuda financeira a fim de adquirir "material médico, sanitário e alimentação".

Estes refugiados estão sendo acolhidos "provisoriamente" em campos "muito mal equipados", assinala a Congregação de Ir. Myri.  As equipes de trabalho humanitário "estão mobilizadas sem descanso, trabalhando dia e noite".

"Se a situação assim continua – indicam as religiosas – não tardará a haver sérios problemas de saúde ou epidemias". Segundo a mensagem, o "lixo se acumula" e "há pouca água disponível para servir" todas as pessoas.

Em fevereiro, as forças sírias, junto com a Rússia, lançaram vários ataques aéreos e de artilharia no leste de Ghouta, região ao nordeste de Damasco controlada por jihadistas.

Após chegar a um acordo com o governo sírio em 22 de março, começaram a evacuar os terroristas do leste de Ghouta para a cidade de Idlib, no norte da Síria.

Diante dessa situação de conflito em Ghouta, na última terça-feira, 27 de março, as Nações Unidas admitiram que mais de 80 mil pessoas tenham fugido da região apenas desde 9 de março.

Por sua vez, as religiosas do Convento de São Tiago Mutilado falam em um visível caos. De acordo com elas, em Qara, as pessoas estão procurando abrigo em instalações de uma antiga escola que está "abarrotada" de refugiados, além de "tendas e alguns pré-fabricados" que estão sendo usados como abrigos.

"Vai-se distribuindo colchões, coberturas, comida, mas não chega a todos", relatam, ressaltando que decidiram "quebrar" o período de silêncio da Quaresma para enviar "esta mensagem", informando sobre a "situação atual aqui na Síria" e solicitando ajuda.

As pessoas que quiserem ajudar com donativos podem fazê-lo online através do site da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre em Portugal em: https://www.fundacao-ais.pt/cms/view/id/2343

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