22 de dezembro de 2024 Doar
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Assassinam sacerdote na República Democrática do Congo

Imagem referencial: Pixabay domínio público

No domingo, 08 de abril, alguns homens armados invadiram uma igreja na região do Kivu do Norte, na República Democrática do Congo e assassinaram o pároco Étienne Sengiyumva, de 38 anos, com um tiro na cabeça.

Dom Théophile Kaboy Ruboneka, Bispo de Gomam no estado do Kivu do Norte, divulgou a trágica notícia à agência de notícias Fides.

"Depois de celebrar a Missa em Kyahemba, por volta das 15h, o Pe. Étienne se reuniu com seus colaboradores e, de repente, um homem armado acompanhado por outros entrou na sala de reuniões do templo e atirou a sangue frio na cabeça do sacerdote, provocando sua morte imediata", contou o Bispo.

"O assassinato foi tão rápido que os presentes não conseguiram contar quantas pessoas entraram na sala para matar o Pe. Étienne", lamentou.

O Prelado também disse à Fides que "é difícil saber quem são os responsáveis. A nossa região está cheia de grupos armados, há pelo menos 15 grupos, que ainda não foram destruídos, apesar da presença constante dos capacetes azuis da ONU".

Dom Ruboneka explicou que "o Pe. Etienne é o terceiro sacerdote assassinado na região" e que "as investigações para encontrar os responsáveis ??nunca acabarão. Nós faremos tudo o que for possível para identificar os assassinos do Pe. Etienne, mas não criamos ilusões".

"Nestes casos, os testemunhos temem pela sua própria vida e pela vida dos seus entes queridos. Dificilmente oferecerão informações úteis para as investigações", assinalou.

O Prelado recordou que na sua diocese o Pe. Celestin Ngango foi sequestrado depois de celebrar a Missa de Páscoa. O sacerdote foi libertado em 5 de abril. O Prelado disse que o sequestro e o assassinato do Pe. Etienne provavelmente não estão relacionados.

"Repito: na nossa região há tantos grupos armados que é difícil saber quem cometeu um ato ou outro. Aqui em Kivu do Norte vivemos no caos", sublinhou o Prelado.

Ao concluir, o Bispo sublinhou que "a situação da minha Diocese em Goma, assim como a de Butembo-Beni, é incrível. Estamos completamente abandonados e vivemos graças à Providência. Peço aos fiéis da Igreja universal que rezem pela nossa região a fim de que possamos reencontrar a paz".

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