6 de dezembro de 2024 Doar
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U2 apoia legalizar o aborto na Irlanda

Banda irlandesa U2. | Flickr de U2start (CC BY 2.0).

A famosa banda de rock U2 expressou seu apoio à legalização do aborto na Irlanda, seu país natal.

Através de suas contas oficiais nas redes sociais, U2 publicou uma mensagem incentivando a votar a favor do aborto no referendo do dia 25 de maio.

Na Irlanda, o aborto está proibido constitucionalmente. Graças à oitava emenda, a Constituição assegura que o Estado "reconhece o direito à vida do nascituro, com a devida consideração ao igual direito à vida da mãe, garante em suas leis respeitar e, até onde seja praticável, defender com suas leis e reivindicar esse direito".

Entretanto, constantemente, as organizações que promovem o aborto buscaram revogar a oitava emenda para facilitar a implantação desta prática.

O governo da Irlanda aprovou que no dia 25 de maio se realize um referendo para decidir se revoga ou não a emenda que defende a vida o ventre materno, e ofereceu promover uma lei para permitir o aborto até a 12ª semana de gestação, caso vença o "sim".

Em declarações ao jornal britânico 'The Times', o guitarrista do U2, Dave Howell Evans – conhecido como 'The Edge' –disse que, embora seja a favor da legalização do aborto, "entendo por que as pessoas poderiam ter problemas com isso. O importante é votar".

"Há uma imensa diferente diferença de opinião e é muito emotivo e aceito isso", disse e assinalou que "é um tema muito emotivo e acho que reconhecemos que temos sentimentos muito fortes em ambos os lados".

Apesar de sua campanha a favor do aborto na Irlanda, os membros de U2 assinalaram que não participarão do referendo devido à sua agenda de shows nos Estados Unidos.

"Consideramos a possibilidade disse, mas quando se está longe é muito complicado", disse Adam Clayton, baixista da banda.

Recentemente, três bispos irlandeses explicaram porque votarão pela "não" revogação da emenda que defende a vida no ventre materno.

"Nada é tão importante para o futuro de nossa humanidade do que o direito à vida", disse o Bispo de Kildare e Leighlin, Dom Denis Nulty. "Acredito que nenhum de nós, mulheres ou homens, tem o direito absoluto sobre a vida do outro", acrescentou.

Por sua parte, o Bispo de Cork e Ross, Dom John Buckley, sublinhou que "a criança no útero é inocente das circunstâncias de sua concepção e seu estado de saúde. Não há outra situação na vida na qual o final da vida de uma pessoa inocente seja a resposta a uma dificuldade".

"Nunca mais voltaremos a ter um voto mais importante. Não há causas mais nobres do que defender aqueles que não podem se defender por si mesmos", disse.

O Bispo de Raphoe, Dom Alan McGuckian, assinalou que, "como católicos, todos nos apegamos à sacralidade absoluta de toda a vida, desde a concepção até a morte natural".

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