21 de novembro de 2024 Doar
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Cardeal após ataque a igreja em Bangui: Violência não é solução aos problemas

Cardeal Dieudonné Nzapalainga, Arcebispo de Bangui (República Centro-Africana). | wikipedia

O Cardeal Dieudonné Nzapalainga, Arcebispo de Bangui (República Centro-Africana), assegurou que "a violência não é a solução aos nossos problemas", depois que no dia 1º de maio um grupo atacou a igreja Nossa Senhora de Fátima, na cidade de Bangui, provocando inúmeras mortes e mais de cem feridos.

"Recordo os nossos irmãos e irmãs que já não estão mais conosco e expresso as minhas condolências às suas famílias. Estou espiritualmente próximo das pessoas feridas", assegurou o Cardeal Nzapalainga, em declarações recolhidas pela Agência Fides.

Segundo informações desta agência, o número de mortos subiu de 16 para 24 e os feridos de 99 para 170. O ataque matou o Pe. Albert Toungoumale Baba, de 55 anos.

O Cardeal condenou "energicamente" o ataque e fez um apelo "ao governo e à MINUSCA (Missão das Nações Unidas na África Central), a fim de esclarecer os fatos. Ou seja, para que possam saber a verdade e que seja feita a justiça para a população da África Central".

"À luz desses acontecimentos, eu me pergunto: o que está acontecendo? Houve manipulação, instrumentalização? Há uma intenção de dividir o país? Existe uma agenda oculta? Procuremos juntos as respostas para estas perguntas", pediu o Arcebispo de Bangui.

Apesar das graves dificuldades que o país enfrenta, o Cardeal assegurou que tem esperança de que "em algumas situações difíceis como esta, surjam heróis –porque não duvido que existam heróis na República Centro-Africana –, que se unam para dizer 'não' à violência, 'não' à barbárie, 'não' à autodestruição".

O Arcebispo fez um apelo "a todos os grupos políticos, administrativos e religiosos, sem distinção" a condenar "juntos o que aconteceu" e recordou a todos os crentes, "que no momento da provação devemos confiar em Deus, que nos deu a paz de Cristo".

"Chamo à serenidade, a fim de que nos controlemos para evitar a raiva, o ódio, a vingança e as represálias", exortou e pediu "a Cristo, Príncipe da Paz, que toque os corações das pessoas para que se convertam, abandonem as armas e olhem nos olhos uns dos outros. Que Maria, Rainha da Paz, abençoe o nosso país".

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