5 de novembro de 2024 Doar
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Católicos marcham na Nigéria contra assassinatos de cristãos nas mãos de muçulmanos

Centenas de católicos marcharam no estado de Lagos (Nigéria) para pedir justiça ao Governo pelos assassinatos dos cristãos perpetrados pelos membros da etnia fulani, que professam o islamismo.

A manifestação foi realizada no último dia 22 de maio liderada pelo Arcebispo de Lagos, Dom Alfred Adewale Martins. A marcha terminou no gabinete do governador do estado.

 

 

Segundo informou a agência Associated Press (AP), os participantes cantavam canções à Virgem Maria e carregavam cartazes com lemas exigindo justiça para as pessoas que foram assassinadas e suas famílias.

"Todas as ações e atividades só podem dar frutos se o Senhor abençoá-las. Portanto, a primeira coisa que pediremos é para que as pessoas rezem, rezem com todo o seu pensamento e coração, pedindo a Deus para que assuma um controle perfeito e fale aos pensamentos e corações das autoridades ​​do país", indicou Dom Martins.

A marcha foi organizada pela Conferência Episcopal da Nigéria e também foi realizada em cidades como Lagos, Abuja, Edo, Delta.

No mesmo dia também foi celebrado o funeral dos sacerdotes Joseph Gor e Felix Tyolaha e dos cerca de 17 fiéis assassinados em abril pelos fulani na paróquia St. Ignatius, em Ukpor, no Estado de Benue.

A agência vaticana Fides assinalou que a Eucaristia em homenagem às vítimas foi celebrada no centro de peregrinação Se Sugh U Maria e presidida pelo Arcebispo de Abuja, Cardeal John Olorunfemi Onaiyekan.

"Não se pode permitir esta situação. Toda vida humana é preciosa para Deus, que nos criou à sua imagem. Uma vida assassinada já é demais. Matar pessoas nas igrejas ou nas mesquitas é uma afronta a Deus", indicou o Purpurado em sua homilia.

O Cardeal Onaiyekan exigiu ainda que as autoridades garantam a segurança de toda a população.

Fides também recolheu declarações de Dom Martins, que indicou que o presidente Muhammadu Buhari deve "intervir neste problema para salvar o país de uma guerra tribal ou religiosa. Nós dizemos isso com o senso de patriotismo pela nossa nação, Nigéria, porque acreditamos na força e na unidade".

Desde o início deste ano, mais de 100 pessoas morreram nos ataques dos muçulmanos fulani.

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