BUENOS AIRES, Jul 8, 2005 / 13:45 pm
Os bispos de Mar del Plata manifestaram em um comunicado sua preocupação “por uma mentalidade abortista que se estende em nossa sociedade” e que é apoiada por instituições que deveriam proteger a vida.
O texto menciona a polêmica decisão da Suprema Corte de Buenos Aires, que autorizou um aborto terapêutico a uma mãe com problemas de saúde, e indica que “o ser engendrado é uma pessoa humana que merece respeito e necessita proteção”.
Do mesmo modo, recorda que profissionais médicos expressaram seu desejo de “colaborar na atenção da mãe e de seu filho” para evitar o aborto, que “constituiria um verdadeiro crime”, um atentado à vida que é o mais fundamental dos direitos humanos.
Os bispos argentinos indicam que a situação “tão dolorosa” pela que atravessa a família –o estado de saúde da mãe e as carências econômicas, “não pode ser resolvida cometendo uma injustiça maior ao tirar a vida a um inocente”.
“Como bispos da Província eclesiástica platense acompanhamos à mãe com nossa oração e nossa sincera participação em um momento tão difícil e doloroso”, afirmam.
O comunicado reafirma a posição da Igreja para o aborto e lembra que o católico não pode colaborar em sua realização.
Depois de assinalar que a Constituição argentina protege ao concebido e penaliza o aborto, os bispos destacam que os profissionais da saúde, ao fazer o juramento hipocrático, afirmam: “não subministrarei a ninguém, embora me solicite isso, nenhum fármaco mortal, e não tomarei jamais uma iniciativa desse gênero, nem proporcionarei jamais a uma mulher um meio para procurar o aborto”.
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