MANILA, Jun 20, 2018 / 14:00 pm
Os bispos das Filipinas recordaram aos seus sacerdotes que não devem portar armas para sua segurança, apesar dos assassinatos de presbíteros ocorridos nos últimos meses no país asiático.
Segundo informa a agência vaticana Fides, os prelados fizeram esta recomendação depois que foi divulgado que ao menos quatro sacerdotes da Diocese de São Paulo, na província de Laguna, começaram a portar armas.
O presidente da Conferência Episcopal das Filipinas e Arcebispo de Davao, Dom Romulo Valles, rechaçou a ideia de um "clero armado" que porte legalmente arma.
"Somos homens de Deus, homens da Igreja, e é parte de nosso ministério enfrentar o perigo e até mesmo a morte, se Deus quiser", assegurou o Prelado.
Por sua vez, o vice-presidente da Conferência Episcopal, Dom Pablo Virgilio David, comentou que "os sacerdotes que desejarem ter armas de fogo em defesa própria podem considerar abandonar o sacerdócio e se unir ao exército ou à polícia".
Por outro lado, Pe. Jerome Secillano, secretário executivo do Escritório de assuntos Públicos do Episcopado filipino, reiterou a posição da Igreja de que os sacerdotes e os agentes pastorais não estejam armados.
Nos últimos meses, foram assassinados três sacerdotes. Pe. Richmond Nilo, de 44 anos, foi baleado enquanto se preparava para uma Missa no dia 10 de junho, em Zaragoza, província de Nueva Ecija; Pe. Mark Ventura, de 37 anos, também foi vítima de um disparo após celebrar a Eucaristia em 29 de abril, em Gattaran, província de Cagayan; e Pe. Marcelito Paez, de 72 anos, assassinado no dia 5 de dezembro de 2017, em Jaén, Nueva Ecija.
Pe. Rey Urmeneta, de 64 anos, ex-capelão da polícia, ficou ferido e está se recuperando de um ataque perpetrado no dia 6 de junho, em Calamba, ao sul de Manila.
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