5 de dezembro de 2024 Doar
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Existe um “projeto diabólico” para destruir a família, adverte autoridade vaticana

Imagem referencial | Pixabay (Domínio Público)

O Vigário Geral do Papa para a Cidade do Vaticano, Cardeal Angelo Comastri, denunciou que atualmente existe "um projeto diabólico" para combater a família.

Na Missa celebrada em 27 de julho, na paróquia de Sant'Ana, no Vaticano, por ocasião da Festa de São Joaquim e Sant'Ana, o Cardeal Comastri afirmou que há "um projeto diabólico para combater a família e, definitivamente, para o combater o desejo de Deus".

Afirmou que este mal atual "presume entender mais a Deus, porque combater a família significa isso, estar a serviço do demônio".

"Parece-me decisivo sublinhar que nós não inventamos a família. Deus inventou a família. A família é um projeto de Deus. O Senhor criou o homem e a mulher para ser o berço da vida e depois se tornar lugar onde as crianças possam crescer e aprender o alfabeto da vida. Devemos estar cegos para não ver isso", assinalou o Purpurado.

Recordou que o projeto diabólico contra a família também foi denunciado pelo poeta italiano Eugenio Montale, em 1970, quando se recordou em Milão os 25 anos do lançamento da bomba atômica nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.

Cardeal Comastri lembrou que Montale disse que "é justo recordar aquele momento dramático com a esperança de que isso nunca mais se repita. Mas me sinto na consciência e no dever de avisar que está explodindo a bomba atômica da família e que talvez tenha mais vítimas e feridos do que na explosão em Hiroshima e Nagasaki. E a bomba está sendo colocada na mídia, apresentando falsos modelos de vida".

O Purpurado advertiu que atualmente esses "falsos modelos estão desorientando os jovens" e convidou a refletir as palavras da Virgem Maria quando respondeu ao anjo depois de receber o anúncio de que seria a Mãe de Jesus.

"Maria, através do anjo, recebe o chamado a uma missão que deixaria qualquer pessoa tremendo e a resposta de Nossa Senhora é maravilhosa, de disponibilidade plena", manifestou.

Esta resposta da Virgem "tem suas raízes no ambiente espiritual da família, na educação e no exemplo dos seus pais. Nas famílias piedosas de Israel, rezavam e meditavam os salmos todos os dias", afirmou.

Acrescentou que o Magnificat, quando Maria encontra a sua prima Isabel, nasce da meditação familiar do amor de Deus.

"O Magnificat é uma leitura da história na qual domina a certeza de que os humildes serão os vitoriosos. A vida é uma guerra, uma luta. Quem vencerá? Vencerão os humildes, os bons, os puros, os misericordiosos. Maria diz isso no Magnificat, porque tem certeza de que Deus tem a última palavra", assinalou.

Do mesmo modo, o Vigário Geral do Papa para a Cidade do Vaticano comentou que Madre Teresa disse que, "há algum tempo, na família se aprendia sobre a generosidade, o altruísmo. Hoje se fortalece o egoísmo dos filhos e se colhe frutos amargos".

O Cardeal Comastri concluiu a sua homilia perguntando: "O que as crianças respiram em casa? Quais sinais são dados às crianças?".

"A vida é uma viagem, necessita-se de sinalização ao caminhar. Comprometamo-nos a levar à família um clima de fé convencida para que as crianças, ao olharem para os seus pais, possam entender qual é a sinalização correta", afirmou.

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