22 de dezembro de 2024 Doar
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Bispo recorda que os casais devem estar abertos à vida

Imagem referencial | Flickr Jlhopgood (CC-BY-ND-2.0)

O Bispo de Córdoba (Espanha), Dom Demétrio Fernández, recordou que a união conjugal dos esposos foi abençoada por Deus e que os casais não devem colocar impedimentos à fecundidade.

Em sua carta semanal na qual mencionou sobre os 50 anos da encíclica Humanae Vitae, Dom Demetrio Fernández explicou que "devido à natureza cíclica da fecundidade, a concepção de um novo filho não se deriva de cada ato conjugal, mas todos e cada um dos atos devem estar abertos à vida, os esposos não devem colocar nenhum impedimento".

"O mistério do homem só se ilumina à luz do mistério do Verbo Encarnado, nos recorda o Concílio Vaticano II. Também neste ponto tão profundo e delicado do amor, e do amor na sua máxima expressão corporal, como é a união sexual dos esposos, abençoada por Deus desde o princípio e elevada à categoria de sacramento por Jesus Cristo".

O Bispo de Córdoba sublinhou que "a sexualidade, onde se expressa este amor corporal dos cônjuges, não é ruim".

De fato, "é algo que saiu das mãos de Deus, portanto, é algo bom em sua origem. Certamente, o pecado perturbou tudo o que saiu das mãos de Deus, mas não destruiu nem corrompeu completamente. Esta realidade do princípio, ferida pelo pecado, foi curada pelo próprio Cristo".

Nesse sentido, incentivou a aumentar a relação com Jesus, porque "a relação com Jesus Cristo nos faz entender e ajuda a viver este aspecto tão nevrálgico da vida dos esposos".

Na encíclica Humanae Vitae, "o Papa Paulo VI faz um canto ao amor dos esposos, dizendo que deve ser um amor humano e humanizador. Ou seja, ao mesmo tempo espiritual e sensível".

O amor conjugal "não é um simples ímpeto do instinto ou do sentimento; mas é também, e principalmente, ato da vontade livre humana. É um amor que faz com que os esposos se tornem um só coração e uma só alma e alcancem juntos a sua perfeição humana".

"É um amor total, uma forma muito especial de amizade pessoal, em que os esposos generosamente compartilham todas as coisas, sem reservas indevidas. É um amor fiel e exclusivo, até à morte. Assim o concebem, efetivamente, o esposo e a esposa no dia em que assumem livremente".

Esse amor "pode ​​passar por momentos de provação, mas essa fidelidade é possível, nobre e meritória. Assim, vemos o exemplo de tantos esposos, hoje e sempre. É um amor fecundo, por que normalmente está destinado a continuar-se no dom dos filhos, que é o dom mais excelente do matrimônio e contribuem grandemente para o bem dos pais".

O Prelado de Córdoba assinalou que, no contexto em que esta encíclica foi publicada, "estava em plena efervescência a revolução sexual de 1968, o amor livre e sem ataduras, a expansão e a universalização da pílula anticoncepcional, a proposta do aborto livre e uma série de desafios que propõem aos cristãos uma resposta".

"Esta encíclica de Paulo VI – concluiu – ilumina com uma luz duradoura que no exercício da sexualidade humana tem seu lugar dentro do matrimônio, no qual cada ato de união sexual próprio dos esposos devem estar abertos à vida, pois tais atos para ser humanos, devem ter um significado unitivo e o significado procriador da união sexual ".

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