Roma, Aug 7, 2018 / 08:00 am
Em uma recente entrevista, o Cardeal Vinko Puljic afirmou que a Europa deve redescobrir suas raízes cristãs para, assim, não temer e fazer frente ao radicalismo muçulmano que se acentua cada vez mais no continente.
Em diálogo com a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), o também Arcebispo de Sarajevo e Primaz da Bósnia e Herzegovina indicou que "a Europa deve redescobrir as suas raízes e a sua identidade cristã. Somente assim não terá que temer o radicalismo islâmico".
O Cardeal Puljic advertiu que Bósnia e Herzegovina é uma das portas de entrada à Europa para o islã radical, que está se estendendo rapidamente pelo velho continente.
"Há um grande investimento por parte de países árabes que constroem mesquitas e até mesmo aldeias inteiras nas quais são colocadas pessoas provenientes daquelas nações. Temos boas relações com os muçulmanos eslavos, mas é difícil dialogar com os islâmicos radicalizados provenientes do mundo árabe. Sobretudo porque, do ponto de vista político, eles ignoram a nossa presença", comentou à ACN.
Assinalou que "a Europa não conhece bem o Islã e não entende o que significa viver lado a lado com o radicalismo islâmico".
Além disso, o Purpurado lamentou que, atualmente, no continente, só se preste atenção "à parte material e ignora-se a dimensão espiritual do homem".
"A Europa deve aprender a cuidar das suas raízes cristãs, caso contrário, continuará a temer o radicalismo", assegurou.
O Arcebispo de Sarajevo também relatou à ACN que, devido à difícil situação política e à discriminação que sofrem no país desde o final da Guerra da Bósnia em 1995, estima-se que cerca de 10 mil católicos emigram a cada ano.
"A nossa pequena comunidade continua diminuindo todos os anos, por causa da desigualdade a nível político e jurídico. Alguns não encontram trabalho, outros, pelo contrário, têm um emprego, mas já não conseguem viver num país onde não gozam dos mesmos direitos que os outros cidadãos", lamentou.
Para fazer frente à situação, a ACN Itália lançou a campanha intitulada "Não há Europa sem Cristo", para ajudar economicamente os estudantes do seminário Redeptoris Mater di Vinnitsa, na Ucrânia, e para ampliar o centro juvenil São João Paulo II, em Sarajevo.
Neste último lugar, a Igreja local busca fomentar um clima de tolerância nos jovens e, inclusive, acolhe aqueles que são de outras religiões.
"Mas, não podemos fazer isso sozinhos, porque somos uma pequena realidade", assinalou o Purpurado, que agradeceu pelo apoio.
Para colaborar com a campanha da ACN, pode acessar AQUI.
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