21 de novembro de 2024 Doar
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Canonizar Paulo VI é reafirmar a letra e o espírito do Concílio Vaticano II

Paulo VI | Wikipedia (Domínio público)

A Fundação Paulo VI publicou uma reflexão do Cardeal Fernando Sebastián, Arcebispo Emérito de Pamplona-Tudela (Espanha), sobre o pontífice que completou 40 anos de falecimento na segunda-feira, 6 de agosto, e que será canonizado em 14 de outubro.

A sua canonização, afirmou, é um "acontecimento eclesial de primeira importância", pois significa "reafirmar a letra e o espírito do Concílio Vaticano II, porque Paulo VI foi o Papa do Concílio".

É o Papa "que compreendeu o significado deste Concilio na história da Igreja e soube seguir avante com fortaleza e temperança até o fim", explicou o Purpurado.

O Arcebispo Emérito de Pamplona e Tudela destacou em sua reflexão que Paulo VI era capaz de ver nas pretensões do mundo contemporâneo, mais de uma vez confrontado com a Igreja, "a mão e os planos de Deus", porque "descobriu a marca de Deus e sopro do Espírito Santo".

Por isso, assegurou que a proposta de Paulo VI era fazer com que "a Igreja de Jesus fosse uma igreja amiga da humanidade", "que escuta e dialoga" e que "explica e corrige quando é necessário, uma Igreja que sabe sofrer pacientemente para defender a verdade e a justiça na vida dos homens e nas relações entre os povos".

"Do céu, precisam nos ajudar a criar a Igreja do Vaticano II", uma igreja "humilde, fraterna, servidora do mundo em nome de Jesus", afirmou.

O Cardeal recordou que Paulo VI "viveu muito de perto os problemas da nossa Igreja e de toda a nação espanhola".

Nesse sentido, "ele será o nosso poderoso protetor para nos ajudar a promover uma Igreja renovada na Espanha, uma Igreja rejuvenescida, como ele sonhou na época do Concílio, e finalmente, uma sociedade reconciliada e pacífica, colaborante, na qual os cidadãos possam crescer em liberdade e responsabilidade, sem exclusões nem receios".

"Com a ajuda do Senhor e do seu servo, o Santo Padre Paulo VI, os cristãos espanhóis temos que impulsionar, com alma, vida e coração, o crescimento de uma igreja como foi desenhada nos documentos do Vaticano II, uma Igreja vigorosa, formada por cristãos convertidos e convencidos, dispostos a viver como membros de Jesus, filhos de Deus e cidadãos do Céu, neste mundo", destacou o Purpurado.

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