15 de dezembro de 2024 Doar
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Padres lançam manifesto contra ativismo judicial que busca descriminalizar o aborto

Frente às investidas que buscam descriminalizar o aborto no Brasil através de ação no Supremo Tribunal Federal (STF), diversos sacerdotes do país lançaram um manifesto denunciando o ativismo judicial.

O manifesto em formato de vídeo foi publicado nesta quinta-feira por Padre Augusto Bezerra, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, em sua página no Facebook e, em apenas uma hora já alcançou mais de 3 mil visualizações, além de centenas de comentários.

No vídeo, os presbíteros questionam: "Queremos saber por que o STF quer fazer isso? Por que tanta maldade? Por que quer legislar? Por que quer legalizar a matança de bebês no ventre de suas mães?".

"Isso é um absurdo!", expressam, denunciando que "ativismo judicial é crime".

"Parem o STF", conclamam a população. "Pela proteção da vida da mulher e da criança. Não ao aborto. Sim à vida", completam.

Somam-se a este manifesto, além de Pe. Augusto Bezerra, Pe. Nivaldo Júnior, também da Arquidiocese do Rio de Janeiro; os sacerdotes da Arquidiocese de Salvador (BA), Pe. Gabriel Vila Verde, Pe. Cleiton Alencar e Pe. Charles Assis; os presbíteros da Arquidiocese de Niterói (RJ), Pe. Matheus Pigozzo e Pe. Williansmar Paulo.

Além disso, fazem parte do vídeo, Pe. Wellington de Castro, da Arquidiocese de Campo Grande (MS); Pe. Luis Fernando Alves, da Diocese de Itumbiara (GO); Pe. Pedro Paulo Alexandre, da Arquidiocese de Florianópolis (SC); Pe. Leonardo Henrique, da Administração Apostólica São João Maria Vianney (RJ); Pe. Jeferson Verones, da Diocese de Itabira (MG).

Neste início de agosto, nos dias 3 e 6, o STF realizou uma audiência pública para debater a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 442/2017 (ADPF 442), que foi proposta pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Esta ADPF 442 questiona os artigos 124 e 126 do Código Penal, que tipificam o crime de aborto, alegando a sua inconstitucionalidade. Assim, propõe a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi representada na audiência pelo Bispo de Rio Grande (RS), Dom Ricardo Hoepers, que possui formação voltada para a área de Teologia Moral e Bioética, e reiterou a posição expressa pela Conferência "em defesa da vida humana com toda a sua integralidade, dignidade e inviolabilidade, desde a sua concepção até a morte natural".

Também falou em nome da CNBB o Padre José Eduardo de Oliveira, da Diocese de Osasco (SP), professor de Teologia Moral, o qual apresentou estatísticas reais sobre o aborto no mundo, questionando dados apresentados por entidades pró-aborto.

O sacerdote também denunciou o ativismo judicial lembrando que o "Supremo Tribunal Federal não pode legislar".

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