BAGDÁ, Aug 9, 2018 / 18:00 pm
No quarto aniversário da invasão do Estado Islâmico (ISIS) à Planície de Nínive (Iraque), os cristãos da cidade de Karamlesh fizeram uma procissão para agradecer a Deus por permitir a expulsão dos terroristas muçulmanos em agosto de 2016 e iniciar assim a volta das famílias cristãs para suas casas.
Segundo informações do Patriarcado Caldeu de Babilônia, no último dia 6 de agosto, centenas de fiéis percorreram as ruas da aldeia segurando as velas enquanto rezavam o Salmo 150 e agradeceram a Deus pela libertação da sua cidade em agosto de 2016, depois que o exército iraquiano e os peshmerga curdos expulsaram os terroristas do ISIS, com o apoio de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos.
Também refletiram a passagem do Evangelho na qual Jesus promete aos seus discípulos que o Pai enviará o Espírito Santo "consolador".
Em seguida, eles se reuniram no átrio de uma igreja que foi reconstruída recentemente.
O Estado Islâmico invadiu a Planície de Nínive – onde vivia a maioria dos cristãos iraquianos – nos dias 6 e 7 de agosto de 2014. Os terroristas ameaçaram matar as pessoas que se recusassem a se converter ao Islã ou os obrigavam a pagar um imposto de submissão.
Além disso, muitos fiéis denunciaram que foram traídos pelos seus vizinhos muçulmanos pouco antes da chegada dos terroristas islâmicos.
Essa situação causou o êxodo de centenas de milhares de cristãos a outras cidades do país e ao exterior.
Os terroristas destruíram casas, empresas, imagens religiosas e igrejas. Na cidade de Mossul, utilizaram um templo como prisão para escravas sexuais.
Logo depois que os terroristas foram expulsos, os cristãos começaram a voltar aos poucos para suas cidades e aldeias na Planície de Nínive, embora reconheçam que ainda desconfiam dos seus vizinhos muçulmanos.
Segundo informou a Agência Fides, no final de 2017, 300 famílias cristãs já tinham voltado para Karamlesh.
Em maio de 2017, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) iniciou a aplicação de um "Plano Marshall" para recuperar a região e reconstruir mais de 13 mil casas de cristãos danificadas pelo ISIS.
Em abril deste ano, a ACN indicou que 3.249 casas foram reconstruídas e as aldeias mais beneficiadas foram Bartella, Karamlesh e Qaraqosh.
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