MADRI, Aug 16, 2018 / 10:00 am
O sacerdote espanhol José Carlos Martínez de la Hoz é responsável pelos processos de canonização de membros do Opus Dei que estão abertos na Espanha. Uma delas é a de Guadalupe Ortiz de Landázuri, que em breve será beatificada.
Segundo explica Pe. Martínez de la Hoz, desde a morte de Guadalupe Ortiz de Landázuri em 1975, receberam numerosos favores recebidos pela sua intercessão e, por isso, decidiu reunir informações sobre a sua "fama de santidade".
Em seguida, o caso foi levado ao Vaticano, onde o Papa Francisco anunciou recentemente que será beatificada por ter intercedido na cura milagrosa de um homem de 76 anos que tinha um tumor maligno na pele, perto do olho direito.
Além deste milagre, Pe. Martínez de la Hoz assegura que "há muitos favores de pessoas que perdem um pouco de esperança e Guadalupe lhes ajudou a estar em paz, graças à paciência que ela tinha".
Guadalupe Ortiz de Landázuri nasceu em Madri em 1916, estudou Ciências Químicas e foi uma das cinco mulheres da sua turma.
Conheceu São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei, em 1944. Segundo explica Pe. Martínez de la Hoz, "um domingo de 1944, quando estava na Missa na Igreja da Conceição, na Rua Goya, em Madri, se distraiu e escutou interiormente a voz de Deus dizendo-lhe que, embora tivesse noivo, ele havia preparado outra coisa para ela. Saiu da Missa impressionada e soube que esse era o chamado de Deus".
"No ônibus de volta para a casa depois da Missa, encontrou-se com Jesús Hernando de Pablos, um amigo da sua família e perguntou se ele conhecia algum sacerdote para poder conversar. Ele deu o número de São Josemaría, com quem começou a ter direção espiritual", assegurou o sacerdote.
São Josemaria Escrivá lhe ensinou que pode encontrar Cristo no trabalho profissional e na vida diária. "Tive a sensação clara de que Deus falou comigo através deste sacerdote", expressou Guadalupe.
Segundo recordou Pe. Martínez de la Hoz, "quando Guadalupe descobriu a sua vocação aos 23 anos, tinha um namorado, era professora de química e vivia com a sua mãe. Desde então, estava cheia de bom humor, pela íntima convicção de estar fazendo o que Deus quer ".
Em 19 de março de 1944, Guadalupe Ortiz de Landázuri entrou no Opus Dei como uma numerária, mas não vivia em um centro, mas em um apartamento, pois cuidava da sua mãe idosa.
Durante seus primeiros anos como membro do Opus Dei, Guadalupe trabalhou principalmente na formação cristã dos jovens em Madri e Bilbao.
De 1950 a 1956, permaneceu no México, onde começou o trabalho apostólica do Opus Dei. As pessoas que a conheceram destacaram que a sua prioridade era fazer a vontade de Deus e ajudar cada pessoa.
O sacerdote destaca sobre a futura beata "o seu sorriso, seu bom humor, sua risada... Era uma mulher que gostava de ter esperança em momentos difíceis e confiava totalmente em Deus".
Em 1956, estabeleceu-se em Roma, onde colaborou com São Josemaría no governo do Opus Dei. Após dois anos, por motivos de saúde, mudou-se para Espanha e começou a dedicar-se ao ensino e à pesquisa no campo científico. Concluiu sua tese do Doutorado em Química.
Pe. Martínez de la Hoz destaca que o que realmente a levou à santidade foi a sua "dedicação à química", porque "era uma professora muito paciente, constantemente revisava os seus conhecimentos para melhorar as suas aulas. Era muito importante a paciência que tinha e, através disso, exercitava o seu bom humor".
Ao mesmo tempo, continuou a cuidando das tarefas de formação cristã no Opus Dei. Em todas as suas ações se reflete o seu desejo de amar a Deus através do seu trabalho, da sua amizade e de uma alegria profunda que transmitia paz e serenidade.
Pe. Martinez de la Hoz assegura que a mensagem de Guadalupe é que "a santidade está nas coisas ordinárias. Ela se tornou santa dando aula de química, sendo uma boa professora e isso nos diz que é possível conseguir o mesmo na vida ordinária".
"Guadalupe viveu dedicada aos seus alunos em Química, viveu dedicada às almas e especialmente a sua mãe, que morreu meia hora depois dela. Ela viveu dedicada a Deus e aos outros, apesar da sua grave doença cardíaca, que ao final da sua viva a impossibilitou bastante".
Depois de uma doença cardíaca, faleceu em Pamplona (Espanha), com fama de santidade, no dia da Virgem do Carmo em 1975, aos 59 anos.
O processo sobre a vida, as virtudes e a fama de santidade de Guadalupe começou em 18 de novembro de 2001, na Arquidiocese de Madri e, em 2006, foi enviado a Roma.
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