5 de novembro de 2024 Doar
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Bispo membro de Comissão para Cultura e Educação lamenta incêndio em Museu Nacional

Dom Roberto Ferreria Paz | CNBB

Após o incêndio que gerou destruição do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação da CNBB, lamentou o ocorrido e chamou a atenção para a necessidade de políticas preventivas para os patrimônios.

"Como bispo pertencente a Comissão Episcopal de Cultura e Educação, nos sentimos profundamente atingidos pois é destruída parte de nossa memória, inclusive eclesiástica, prejudicando seriamente a pesquisa antropológica e a própria identidade nacional", afirmou à ACI Digital o Prelado, que é também Bispo de Campos (RJ).

Para Dom Ferrería Paz, "esta verdadeira tragédia fala do descaso do patrimônio público e da falta de políticas preventivas dos bens culturais, patrimônio da humanidade inteira de valores inestimáveis".

"Este incidente revela a necessidade de projetos culturais abrangentes que não só preservem o legado e memorial, mas sensibilizem a população e promovam uma educação de valorização e reflexão sobre a missão de defender o patrimônio histórico e cultural como um direito intergeracional para o crescimento de todas as pessoas", indicou.

Nesse sentido, alertou para a importância de ter também em consideração a cultura e a educação nas próximas eleições para presidente, governador, deputados e senadores.

"Por isso, neste ano eleitoral não esquecer esta agenda cultural na escolha de candidatos que zelem pelo bem comum e protejam o que pertence ao nosso povo", completou o Prelado.

O incêndio no Museu Nacional teve início na noite de domingo, 2 de setembro, e foi controlado apenas na madrugada desta segunda-feira.

A instituição, que completou 200 anos em junho, possui uma acervo de cerca de 20 milhões de itens, abrigando coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia, arqueologia e etnologia.

Em nota emitida pelo Museu, o diretor da instituição, Alexandre Kellner, classificou o ocorrido como "uma enorme tragédia".

"Infelizmente, ainda não conseguimos mensurar o dano total ao acervo, mas precisamos mobilizar toda a sociedade para a recuperação de uma das mais importantes instituições científicas do mundo", afirmou.

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