22 de dezembro de 2024 Doar
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Em discurso de vitória, novo presidente do Brasil agradece a Deus e às orações dos brasileiros

Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro | Wikimedia (Domínio público)

Após o resultado da eleição presidencial no Brasil, no domingo, 28 de outubro, que deu a vitória a Jair Messias Bolsonaro (PSL), o presidente eleito proferiu um discurso no qual agradeceu a Deus e também às orações de brasileiros.

A disputa pela Presidência no Brasil se deu em segundo turno e, como resultado final, Jair Bolsonaro obteve 55,13% dos votos, contra 44,87% de Fernando Haddad (PT).

Na noite do último domingo, após a confirmação do resultado que o elegeu, Bolsonaro fez um discurso em sua residência, no Rio de Janeiro, iniciando com a citação bíblica: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".

"Nunca estive sozinho. Sempre senti a presença de Deus e a força do povo brasileiro. Orações de homens, mulheres, crianças, famílias inteiras que, diante da ameaça de seguirmos por um caminho que não é o que os brasileiros desejam e merecem, colocaram o Brasil, nosso amado Brasil, acima de tudo", declarou o presidente eleito.

Em seguida, afirmou que seu governo "será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade". "Isso é uma promessa não de um partido. Não é a palavra vã de um homem. É um juramento a Deus", acrescentou.

Bolsonaro indicou ainda que "a verdade vai libertar este grande país, e a liberdade vai nos transformar em uma grande nação". "A verdade foi o farol que nos guiou até aqui e que vai seguir iluminando o nosso caminho", disse.

Em seu discurso, Bolsonaro reafirmou suas propostas quanto à economia, reformas e outros temas e indicou que "um princípio fundamental" é a liberdade: "liberdade de ir e vir, de andar nas ruas, em todos os lugares deste país, liberdade de empreender, liberdade política e religiosa, liberdade de informar e ter opinião".

O presidente eleito recordou ainda o atentado sofrido durante a campanha eleitoral, quando levou uma facada em Juiz de Fora (MG), o que o obrigou a passar por cirurgias.

"Mesmo no momento mais difícil desta caminhada, quando, por obra de Deus e da equipe médica de Juiz de Fora, ganhei uma nova certidão de nascimento, não perdemos a convicção de que juntos poderíamos chegar a esta vitória", afirmou.

Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Bolsonaro também agradeceu "a Deus que pelas mãos de médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde da Santa Casa de Juiz de Fora e do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, operaram um verdadeiro milagre, mantendo a minha vida".

"Meu querido povo brasileiro, muito obrigada pela confiança, e no momento peço a Deus mais uma vez coragem para poder bem decidir o futuro", disse.

Compromissos assumidos

Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro assinou um termo de compromisso com a plataforma 'Voto Católico Brasil', que foi apresentado em 17 de outubro, durante visita do então candidato ao Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani Tempesta.

Na ocasião, declarou ter assinado "um compromisso em defesa da família, em defesa da inocência da criança na sala de aula, em defesa da liberdade das religiões, contrário ao aborto, contrário à legalização das drogas".

No termo, assume "o público compromisso de, se eleito, defender e promover" questões como "respeito à Fé Católica", "liberdade religiosa e combate a intolerância".

Entre outras questões, o então candidato se comprometeu também com "o direito pleno à Vida, desde a concepção até a morte natural, combatendo toda lei ou decisão a favor do aborto, da eutanásia, de pesquisas com embriões humanos e da clonagem humana", bem como "combate ao ativismo judicial, caracterizado pela usurpação das atribuições do Poder Legislativo pelo Poder Judiciário".

Sobre este último ponto, movimentos pró-vida do país denunciaram nos últimos meses tentativas de aprovar pela via do Supremo Tribunal Federal (STF) a aprovação da prática do aborto no Brasil.

Um desses casos denunciados pelos pró-vida diz respeito à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 442/2017 (ADPF 442), que foi apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), propõe a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação e foi tema de audiência pública no início de agosto no Supremo Tribunal Federal (STF).

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