SANTIAGO, Nov 9, 2018 / 05:00 am
Na segunda-feira, 5 de novembro, surgiu uma polêmica nas redes sociais por um vídeo que promove a ideologia de gênero nas estações de metrô em Santiago (Chile).
O vídeo divulgado em 30 de outubro foi elaborado pela Fundação 'Iguales', organização que promove o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a lei de identidade de gênero.
Entre outras coisas, o vídeo interpela os pais a saberem se conhecem os gostos dos seus filhos, assim como a sua "orientação sexual". Em seguida, afirma que existem relações heterossexuais, homossexuais e bissexuais, entre as quais o menor poderia optar.
"Embora muitos tentem nos confundir, a orientação sexual não é uma invenção e ninguém pode nos discriminar por causa disso. Ensina-lhes que podem contar com você para resolver qualquer dúvida que apareça no seu caminho", expressa o vídeo, que será transmitido durante um mês.
Além disso, assegura que "14% dos adolescentes não se definem a si mesmos como heterossexuais" e que "10% dos adultos são lésbicas, gays ou bissexuais".
A reação dos usuários do transporte público foi imediata, sobretudo dos pais que sentem que o direito de educar seus filhos foi violado. Deste modo, começaram uma campanha no Twitter que foi trending topic com a hashtag #NoMásIGEnElMetro.
Uma usuária identificada como Tatiana exigiu que o Metrô de Santiago deixe de promover "a normalização da homossexualidade em nossas crianças".
Chile se está levantando contra la Ideología perversa
- Verdad y Familia (@VerdadYFamilia) 5 de novembro de 2018
*#NomasIGenelMETRO* pic.twitter.com/n3FhxuO4Um
"Como mãe, exijo respeito e tolerância, mas outra coisa é ensinar ideologia por parte do Estado. Exijo respeito pela educação que é melhor para os meus filhos", denunciou a usuária María Inés Jara.
Como mamá exijo respeto y tolerancia, pero otra cosa es aleccionar ideología por parte del Estado. Requiero respeto por la educación que es mejor para mis hijos #NoMasIGenElMetro https://t.co/kd9NoJa65k
- María Inés Jara (@Manejara) 5 de novembro de 2018
.@louisdegrange
- Tatiana (@TatianaSAV) 5 de novembro de 2018
? SABEN CUÁL ES EL % DE TRANS Y BISEXUALES EN ??❓
S Ó L O E L 1,41%❗️
SEGÚN INFO CASEN 2016
Y PARA ESA MINI MINORÍA @metrodesantiago GASTA RECURSOS; EN VEZ DE INVERTIR EN NECESIDADES REALES Y URGENTES❗️#NoMasIGenelMETRO pic.twitter.com/cedHp6k6lS
Junto com o vídeo também foram divulgados cartazes nas estações de metrô e usam a "linguagem inclusiva" com as letras "e", "x" ou o uso do "@".
Devido à onda de críticas, o Metrô de Santiago respondeu com o seguinte tuíte para defender a campanha: "Lemos algumas menções sobre a hashtag #NoMásIGEnElMetro e queremos dizer que o nosso meio de transporte é um lugar para todos. Temos certeza de que entre todos podemos construir espaços mais inclusivos e tolerantes".
Hemos estado leyendo algunas menciones sobre el hashtag #NoMásIGEnElMetro y queremos decir que nuestro medio de transporte es un lugar para todos. Tenemos la convicción que entre todos podemos construir espacios más inclusivos y tolerantes.
- Metro de Santiago (@metrodesantiago) 5 de novembro de 2018
Embora tenha tido mensagens de apoio, também recebeu críticas, como a do usuário Cristián Salinas, que questionou: "Alguém usou uma posição de poder dentro da empresa para impor as suas ideologias políticas e deveriam mostrar quem está por trás disso, não acho certo que um serviço seja tendencioso para um lado ou para outro".
Outro usuário chamado Ariel recordou ao Metrô de Santiago: "Vocês são um meio de transporte e imagino não distinguem as pessoas ao transportá-las, assim o tornam inclusivo, proporcionando melhores condições aos deficientes, não promovendo campanhas contra os valores que a maioria da população rechaça".
Por sua parte, Agustín C. C. assinalou que "a realidade se respeita, não se incute nem doutrina. Por isso, um organismo estatal, como o Metrô de Santiago, deve permanecer neutro e somente respeitar, como todos nós devemos fazer. As crianças devem ser educadas pelos seus pais, família e professores".
Nesse sentido, oito organizações da sociedade civil repudiaram a transmissão do vídeo e organizaram uma campanha digital para cancelar a divulgação do material.
O abuso comunicacional, a manipulação de estatísticas e a difusão de conteúdos que aumentam a confusão da identidade sexual das crianças e dos jovens são algumas apontadas pelos grupos.
Confira também:
Hungria deixa de financiar estudo de gênero por ser ideologia e não ciência https://t.co/NvxZYj8X5E
- ACI Digital (@acidigital) 23 de outubro de 2018
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