Vaticano, Nov 23, 2018 / 10:00 am
O presidente da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) Cardeal Mauro Piacenza, afirmou que a liberdade religiosa "é a rocha firme" sobre a qual se fundamentam os direitos humanos e que, quando a Igreja exige respeito, é para todas as pessoas.
Durante a apresentação do Relatório de Liberdade Religiosa 2018 da ACN em Roma, o Purpurado afirmou que a liberdade religiosa é, sobretudo, "a rocha firme sobre a qual se fundamentam os direitos humanos, pois esta liberdade revela de um modo especial a dimensão da pessoa humana e a absoluta inviolabilidade da dignidade da pessoa. Por isso, a liberdade religiosa pertence à essência de cada pessoa, de cada povo e de cada nação".
Também assegurou que "um Estado realmente avançado não é aquele que limita a liberdade religiosa dos cidadãos, ou aquele que marginaliza o fator religioso da sociedade".
"A esfera humana evoluída é aquela na qual o anseio universal transcendente do 'eu' encontra um espaço adequado de desenvolvimento no respeito às tradições sociais e culturais e, sobretudo, na constante recuperação da razão", recordou.
Do mesmo modo, assegurou que "a falsa ruptura entre fé e razão só ocorre naquelas culturas que perderam a ideia correta da razão, ou que ainda não assimilaram ou amadureceram adequadamente".
"O fator determinante, nesta recuperação contínua da centralidade da razão na bagagem cultural da nossa sociedade e de nossos Estados, deve ser o amadurecimento correto da ideia de liberdade. Neste sentido, permito-me destacar, o cristianismo exerceu e tem um papel dominante não só no nível religioso, mas também histórico e cultural".
Nesse sentido, "devemos trabalhar juntos a fim de que sempre haja espaços mais amplos de liberdade que sejam reconhecidos em todas as regiões e para todos os homens, especialmente no que afeta este elemento central da existência humana, representado pelo sentido religioso".
"Na liberdade estão incluídos, necessariamente, a liberdade de pensamento e a liberdade de palavra, a liberdade de expressão e de culto, a liberdade de conversão e também liberdade para se distanciar do elemento religioso", explicou o também Penitenciario Maior.
"Quem defende a liberdade religiosa, defende o homem, promove a paz e a compreensão entre os povos e entre os homens no contexto internacional no qual vivemos", concluiu.
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