LONDRES, Nov 27, 2018 / 11:00 am
Uma mãe cristã poderia processar as autoridades de um colégio inglês que obrigou o seu filho de cinco anos a participar das celebrações em homenagem ao "Dia do Orgulho Gay".
Izoduwa Adhedo é uma das mães que, junto com outros pais reclamaram que os seus filhos, alunos da escola de ensino fundamental Heavers Farm, no sudeste de Londres (Inglaterra), foram obrigados a participar do evento gay "Orgulho de ser eu", no último dia 29 de junho, no qual incentivaram os alunos a marchar com cartazes.
Além de apresentar uma denúncia oficial contra a diretora do colégio, Susan Papas, Adhedo está estudando com Christian Concern, organização que normalmente recebe casos de pessoas que denunciam discriminação religiosa, um possível processo contra o centro de estudos.
Os maus-tratos que Adhedo recebeu incluíram o fato de que tenha sido impedida de entrar no colégio no momento que quis apresentar uma denúncia às autoridades pela realização do evento; e, posteriormente, que o seu filho tenha sido suspenso durante quatro horas, como consequências das objeções.
Segundo uma declaração publicada pelo Christian Legal Center (CLC) do Reino Unido, alguns destes pais, incluindo Adhedo, afirmam terem sido tratados "com desprezo" e serem "vítimas" de maus-tratos.
Por sua parte, Susan Papas disse a 'The Guardian': "No final do ano, decidimos fazer algo contra a homofobia como um evento que faz parte do mês do Orgulho, considerando a ideia de que os indivíduos e as famílias podem ser diferentes, mas todos podem se sentir orgulhosos. Houve algumas objeções, mas foram superadas pelo apoio".
Susan Papas se recusou a comentar sobre a denúncia de Adhedo, dizendo que não podia falar a respeito de seus alunos ou suas famílias.
Em uma declaração, Adhedo disse que depois de reclamar que o seu filho foi "obrigado a participar de um evento que é contra as nossas crenças cristãs, a atitude da escola em relação a mim mudou completamente. Eu conheço outros pais que têm medo de falar, ao ver como a escola me tratou".
"Era como ser intimidada. Eles deixaram de me tratar como qualquer outro pai, eram antagônicos comigo. Acho que eles fizeram uma represália ao me excluir injustamente das instalações, admoestar o meu filho e não levar a sério as minhas preocupações. Eu nem sequer estava tentando impedir o evento. Eu só queria que o meu filho recebesse educação, em vez de doutrinação", acrescentou.
Falando em nome de todos os pais que reclamaram, CLC disse que o colégio 'Heavers Farm' está "forçando uma agenda LGBT muito agressiva para menores de 12 anos de uma forma que abusa dos direitos dos pais".
De acordo com Christian Concern, Adhedo retirou o seu filho da escola em outubro deste ano, imediatamente depois que ele foi suspenso por várias horas como uma forma de represália.
Roger Kiska, de Christian Concern, disse que era "inapropriado" fazer proselitismo com as crianças "sobre este tema. A escola cruzou uma linha".
A escola Heaver Farm realizou uma "campanha sistemática para celebrar os estilos de vida LGBT. Vai além de um desfile, incluindo os livros que leem para as crianças e certos cartazes que são colocados nas paredes. Quando começam a fazer com que a empresa da educação se converta em proselitismo", explicou.
Outra mãe de família, Izzy Montague, também expressou preocupação pelo evento. Quando estava em uma reunião com a diretora do colégio, um funcionário usava uma camisa com a frase: "Por que ser racista, sexista, homofóbico ou transfóbico, quando você pode estar tranquilo?".
A reunião continuou, mas depois Montague escreveu uma carta de queixa à escola.
"Dada a natureza das minhas reclamações, obviamente foi um ato deliberado usar a camisa. Acho que pretendia debilitar os meus pontos de vista e intimidar-me silenciosamente", disse Montague ao 'Daily Mail'.
A mãe de família também pediu que o seu filho fosse dispensado, pois o evento "promovia estilos de vida gay" que estava em conflito com suas crenças cristãs.
"Supostamente as escolas são tolerante com as diferentes religiões e com diferentes sexualidades. Na nossa fé, ensinamos que um homem e uma mulher juntos é o que forma uma família, mas em minha opinião, a escola estava promovendo um estilo de vida diferente aos alunos", indicou.
"Um pai – continuou – contou-me sobre um livro que os professores liam para as crianças sobre dois pinguins machos que se apaixonam e ninguém nos perguntou a respeito".
Montague deixou o seu filho em casa no dia do evento e, em seguida, decidiu tranferi-lo para um colégio católico.
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