24 de novembro de 2024 Doar
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Mais de 800 mil fiéis participaram da procissão do Nazareno Negro nas Filipinas

Mais de 800 mil católicos foram às ruas em Manila (Filipinas) para participar da tradicional procissão do Nazareno Negro, uma imagem de Cristo esculpida em madeira que chegou a país vinda do México no início do século XVII.

Conforme relatado pela agência Asia News, todos os anos a translação da escultura sagrada da igreja de São Nicolau de Tolentino para a Basílica de Quiapo conclui uma novena iniciada em 31 de dezembro. Assim, até 9 de janeiro se vê "a participação de milhões de fiéis reunidos em oração, para pedir uma graça ou um milagre pessoal".

Nas Filipinas, 82% dos 105 milhões de habitantes se declaram católicos e a procissão do Nazareno Negro é uma das celebrações religiosas mais populares.

A escultura representa Cristo negro ajoelhado e carregando a cruz. Ela foi levada do México a Manila por um sacerdote agostiniano espanhol em 1607. Segundo a tradição, durante a viagem, o navio foi destruído por um incêndio, mas a imagem milagrosamente sobreviveu à tragédia e assumiu a cor negra. A procissão lembra a primeira translação da imagem, realizada em 9 de janeiro de 1767.

Durante o percurso de sete quilômetros os fiéis tentam se aproximar da imagem para tocá-la como um ato de devoção. Nesse sentido, para evitar problemas de segurança, as autoridades reforçaram as medidas. Segundo a Cruz Vermelha filipina, no meio da manhã já tinha atendido cerca de 600 pessoas afetadas.

O chefe da polícia filipina, Oscar Albayalde, informou que mais de sete mil policiais foram mobilizados para garantir a segurança, enquanto as redes de telefonia móvel foram desativadas como medida de precaução contra qualquer atentado ativado remotamente.

As Filipinas são o país com o maior número de católicos em toda a Ásia, no entanto, têm sido vítima de ataques de terroristas islâmicos como Abu Sayyaf.

"Na translação do Nazareno Negro, a devoção do povo filipino encontra sua máxima expressão. Nunca vi nada parecido no mundo", disse à Asia News Pe. Sebastiano D'ambra, missionário do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME), que por 40 anos desenvolveu seu trabalho pastoral na ilha filipina de Mindanao, onde, em 1984, fundou a Silsilah, um movimento de diálogo entre cristãos e muçulmanos.

"Desde a época do domínio espanhol, nas Filipinas, a Semana Santa e a Paixão de Cristo tiveram uma grande importância na vida da nação. A imagem do Nazareno sofredor entrou, assim, no coração da espiritualidade e da religiosidade popular. Muitas pessoas, entre os milhões de devotos que participam das celebrações, participam da translação para cumprir uma promessa feita", contou.

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