21 de novembro de 2024 Doar
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Bispos condenam atentado terrorista contra catedral nas Filipinas

Local do atentado. | Armed Forces of the Philippines - Western Mindanao Command AFP/Westmincom

Os Bispos das Filipinas condenaram o atentado terrorista brutal na manhã deste domingo, 27 janeiro, que causou a morte de 20 pessoas e deixou pelo menos 100 feridos na Catedral Nossa Senhora do Monte Carmelo, na região de Jolo.

O atentado com bomba ocorreu na saída da Missa dominical, no momento em que os fiéis deixavam a Catedral, por isso, correram em direção à porta principal. Como resposta ao atentado, um grupo de soldados se dirigiu até o local, momento no qual aconteceu a segunda explosão.

Este atentado contra a comunidade cristã ocorreu em uma região das Filipinas, em uma ilha ao sul de Manila, de maioria muçulmana, onde há poucos dias foi realizado um referendo para criar a Região Autônoma de Bangsamoro no Mindanao Muçulmano.

A criação desta região autônoma pretende encerrar o conflito entre o governo e a comunidade muçulmana. Segundo as primeiras investigações, o ataque contra a Catedral buscaria frustrar a paz.

Em uma declaração da Conferência Episcopal das Filipinas, os bispos afirmam que receberam com tristeza a notícia do atentado.

"Enviamos nossas condolências às famílias dos numerosos soldados e civis mortos pela explosão. Também expressamos a nossa proximidade a todos os feridos e estendemos a nossa solidariedade a todos os que estiveram presentes na Catedral e ao resto da comunidade eclesial do Vicariato Apostólico de Jolo".

Ao mesmo tempo, "condenamos este ato de terrorismo produzido apenas alguns dias depois do plebiscito sobre a Lei Orgânica de Bangsamoro".

Pedem também aos fiéis cristãos "que se unam a todos os muçulmanos amantes da paz e às comunidades indígenas na defesa contra o extremismo violento".

Desta forma, os Bispos Católicos pretendem que este atentado não provoque uma violência inter-religiosa que possa estragar "esta nova fase que começa no processo de paz com a criação da Região Autônoma Bangsamoro do Mindanao Muçulmano".

A declaração termina com o pedido "de que todas as nossas religiões de paz possam nos guiar na nossa busca por um futuro brilhante para os povos do Mindanao".

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